A força-tarefa que fechou bares e casas noturnas de Caxias no fim de semana possui todas as credenciais para agir. Mais, a força-tarefa merece o apoio irrestrito de toda a comunidade. Se há irregularidades nos estabelecimentos, os proprietários devem regularizá-los. Documentos fora do padrão e desobediência a itens de segurança são motivos mais que suficientes para que os fiscais da prefeitura e os bombeiros interditem qualquer negócio. Por qualquer negócio entenda-se estabelecimentos de todos os gêneros, noturnos e diurnos, abertos ao público ou não. Arrisco dizer que as autoridades se surpreenderiam (e nos surpreenderiam) se enviassem fiscais para mais e variadas incursões pela cidade. A cor das águas do Arroio Tega, por exemplo, não é exatamente o aval de que as coisas vão bem no setor ambiental.
Não podemos ser hipócritas e defender que somente os outros devem andar na linha. Forças-tarefas, fique claro, não devem ser armadas para punir este ou aquele negócio.
Muito antes, forças-tarefas devem ser montadas para defender o cidadão. Bom e cristalino exemplo dos fundamentos de uma força-tarefa bem sucedida são as blitze de trânsito.
Prestes a completar dois anos, as blitze seguem a serviço da comunidade com o mesmo norte de sempre: tirar os embriagados de circulação. Tem funcionado, não há dúvidas. Já tivemos exemplos de que o crachá do condutor tem valor zero nas operações das madrugadas. Se há lei, a lei é para todos.
Os fiscais das blitze de trânsito não revelam a identidade dos condutores flagrados embriagados. É correto, pois trata-se de caso pessoal, particular, e o condutor bêbado foi tirado de circulação.
Os bombeiros relutam em revelar o nome dos estabelecimentos interditados.
Por quê?
A população tem o direito de saber quem está atuando dentro das leis e quem está em dívida com as leis.
Ao sonegar a informação, os bombeiros colocam todos os estabelecimentos dentro do mesmo saco, o que é injusto para quem atua dentro das regras.
Os estabelecimentos que atuam de acordo com a lei deveriam exigir que as autoridades revelassem sempre a identidade dos estabelecimentos irregulares.
Opinião
Gilberto Blume: Por que não revelar o nome das casas noturnas interditadas?
Se há irregularidades nos estabelecimentos, os proprietários devem regularizá-los
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