Este fim de semana marca um mês do lançamento do SIM Caxias, o ambicioso programa do prefeito Alceu para tentar qualificar nosso ir e vir. As primeiras alterações empreendidas nesse primeiro mês são mínimas, porém impactantes. Consistem, basicamente, na extinção de estacionamento e na proibição de dobrar em algumas esquinas. Além das habituais e necessárias críticas, há muito ainda por fazer até que os carros fluam melhor e, especialmente, até que a qualidade dos ônibus roube a preferência dos carros.
Há um ponto, contudo, que carece de mais atenção e, por que não, de reconhecimento. É a fiscalização de trânsito, essa classe de servidores formada por homens e mulheres geralmente enxovalhados pela população e pouco valorizados pelas próprias autoridades.
O futuro do SIM Caxias depende de três pontos:
1. Obras eficazes;
2. Adesão do cidadão;
3. Fiscalização competente.
Os dois primeiros pontos são incógnitas. As obras ainda estão no papel e é impossível adivinhar a reação popular. O terceiro ponto, contudo, é cristalino: os fiscais precisam ser mais respeitados, ter o plantel incrementado, obter reconhecimento e ganhar o merecido status de autoridade.
Não me furto: o próprio colunista aqui já criticou os fiscais de trânsito, geralmente porque deixaram de comparecer a algum ponto nervoso da cidade. Os pouco mais de 50 fiscais, porém, não têm como estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Embora trabalhem 24 horas por dia e aos fins de semana, a carga de exigência é excessivamente grande para efetivo tão reduzido.
Se vocês bem observarem, os 50 fiscais operam milagres sob a batuta do Catusso, o homem que levou a Lei Seca a sério, apesar de todas as forças contrárias. Mobilidade qualificada também é cobrar o cumprimento das leis. E para cobrá-las é preciso seguir tendo controle sobre a tropa.
Opinião
Gilberto Blume: os fiscais de trânsito precisam ganhar o merecido status de autoridade
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