Nesta quarta-feira fez dois anos e 10 meses que a força-tarefa estreava na área urbana. Foi em 17 de novembro de 2011, alguns dias após uma tragédia divisora de águas em São Pelegrino, que a tropa de fiscais de trânsito saiu às ruas. Era esperado: teve gente favorável e gente contra.
Os números do período são amplamente favoráveis à força-tarefa. A bem da verdade os números são incontestáveis, só alguém contrário à vida seria capaz de criticá-los:
62.613 condutores abordados
3.736 condutores flagrados embriagados
2.024 condutores flagrados sem habilitação
386 condutores flagrados com habilitação suspensa ou cassada
4.884 documentos recolhidos
3.003 veículos flagrados sem licenciamento
1.225 veículos recolhidos sem condições de rodar
Sem demagogia, Caxias pode ser dividida entre antes e depois da força-tarefa. Neste fim de semana a cidade recuou aos tempos pré-força-tarefa, quando era comum o caxiense acordar sacudido por uma tragédia. Foi num cruzamento vital, ali na Os 18 do Forte com 13 de Maio, que uma garota de 27 anos morreu. Os ingredientes do acidente são apenas dois dos inúmeros ingredientes que compõem a própria existência da Força Tarefa, nesse caso: embriaguez e menores ao volante. O diretor da Secretaria de Trânsito e mentor da força-tarefa, Jorge Catusso, se posicionou assim ao saber do acidente de domingo:
- É uma tragédia anunciada. O que lamentamos profundamente é que não conseguimos evitar mais este acidente. Com certeza evitamos dezenas de mortos nesses quase três anos de força-tarefa da Lei Seca, mas lamentamos essa morte que não conseguimos parar.
Na madrugada anterior uma blitze na Sinimbu abordara 122 veículos. Vinte e três condutores foram flagrados embriagados. Talvez o leitor nem recorde, mas a tragédia de domingo foi a primeira registrada nessas circunstância em área urbana desde aquele 17 de novembro de 2011. Parabéns, Fiscalização de Trânsito, Brigada Militar, Polícia Civil e Polícias Rodoviária Federal e Estadual. O cumprimento, creiam, não é só deste colunista, é de todos que batalham pela vida.
Opinião
Gilberto Blume: Caxias pode ser dividida entre antes e depois da força-tarefa
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