Casos de incêndios são mais comuns durante o verão justamente por causa do calor. Mas no inverno, o uso de aquecedores, lareiras, lençóis elétricos e a sobrecarga elétrica torna-se impulsor para o aumento de ocorrências. Em Caxias, dos 244 chamados atendidos pelo Corpo de Bombeiros entre janeiro e maio, 71 envolviam residências. No mesmo período do ano passado, foram 33.
De acordo com o tenente-coronel Cleber Valinodo Pereira, responsável pelo 5º Comando Regional de Bombeiros (5º CBR), em grande parte os incêndios estão ligados a tarefas domésticas.
- É o que a gente sempre recomenda: não usar o lixo como cinzeiro, cuidar o contato de tecidos com panelas no fogão, o manuseio de material inflamável, desligar equipamentos elétricos depois do uso, cuidar as condições do gás de cozinha, manter a lareira protegida e, acima de tudo, a sobrecarga elétrica. Fios antigos na casa não fazem o isolamento correto - disse.
Dos 71 sinistros ocorridos em residências de Caxias em 2014, 37 se passaram entre os meses de abril e maio. Muitos, provavelmente, ainda nem foram analisados pelo Departamento de Perícias do Interior (DPI), que costuma levar, em média, até 90 dias para concluir os laudos.
- A perícia de incêndio é uma das mais complexas que existe. Pois, normalmente, quando chegamos ao local o fogo já se alastrou e os bombeiros já finalizaram o trabalho. Realizamos mais de 30 tipos de atendimentos em 55 municípios, e os incêndios acabam não sendo prioridade diante dos homicídios, suicídios, acidentes de trânsito. Mesmo assim, em grande parte dos casos, conseguimos descobrir as causas - explicou o perito e coordenador do IGP Caxias, Airton Kraemer.
Prevenção
Em cinco meses, 71 incêndios em residências foram registrados em Caxias
Número é duas vezes maior do que em 2013, quando 33 pegaram fogo no mesmo período
GZH faz parte do The Trust Project