Eles já não têm mais a força e a agilidade de um garoto, também não têm a memória de um estudante ou a pele de um bebê. Mas sobram experiências e lições de vida na história de qualquer um dos 70 idosos que formam a família Lar São Francisco de Assis, de Caxias do Sul.
Há 11 anos Rosa de Britto Rodrigues, 79 anos, decidiu deixar a casa em que morava no bairro Kayser e ir para o Lar. Ela apostava que na nova moradia não ficaria mais sozinha, faria amigos e não incomodaria o único filho que a visitava com frequência. Embora tenha dado à luz e criado quatro filhos, apenas um deles mantém contato constante com a mãe. O filho mais velho foi para São Paulo há 25 anos, e nunca mais enviou notícias. Outro foi para o Rio de Janeiro, onde casou, constituiu família e o contato com a mãe diminuiu. O mais novo dos quatro nasceu com deficiência mental e viveu até os 37 anos.
Dois anos depois, Rosa também perdeu o marido. Passou a se sentir muito sozinha, começou a entrar em depressão, pois havia perdido o filho a quem se dedicara dia e noite durante toda a vida.
- Amo esse lugar, não quero sair daqui por nada. Vim porque quis, aqui não incomodo ninguém. Para mim foi a salvação - comenta Rosa.
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