A Polícia Civil deve ouvir novamente nos próximos dias os funcionários da Visate que trabalhavam no ônibus incendiado na madrugada de sábado para domingo em Caxias do Sul. Uma das hipóteses apuradas é uma possível vingança ao motorista, que teria denunciado um vandalismo ocorrido no carro de prefixo 506 há cerca de 15 dias. A investigação, no entanto, depende de novas informações a serem obtidas com as testemunhas.
- Mandei instaurar o inquérito e vamos ouvir novamente o motorista e o colega para ver se tem algum novo detalhe. Não me parece que tenha sido vingança, porque, se fosse, teriam feito algo com ele e não mandado correr - acredita a delegada do 2º Distrito Policial (2º DP), Thaís Norah Sartori Postiglione, que conduz o caso.
O veículo queimado, prefixo 504, fazia a linha Santa Fé do Corujão, que abrange toda a zona norte. Dois homens encapuzados renderam o motorista e o cobrador por volta das 5h30min, ordenaram que descessem e depois atearam fogo no coletivo, que ficou completamente destruído. Eles não anunciaram assalto.
De acordo com a Visate e o depoimento dos funcionários à Polícia Civil logo após o crime, um grupo de pessoas embarcou no veículo na Rua Visconde de Pelotas, em frente à Escola Presidente Vargas, no Centro.
No trajeto da linha até o bairro Vila Ipê, os passageiros iniciaram uma briga dentro do ônibus. Quando o veículo passou nas proximidades do centro comunitário do bairro, parte do grupo desceu e restaram dois homens encapuzados. Neste momento, eles obrigaram o motorista a desviar a rota do coletivo até as proximidades da UBS do bairro Fátima e da Associação Criança Feliz. Ao chegar no ponto, os dois motoristas foram forçados a abandonar o veículo. Não há informação de qual substância foi utilizada para iniciar o incêndio.
Investigação
Polícia deve reinquirir funcionários de ônibus incendiado em Caxias do Sul
Coletivo ficou completamente destruído
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