Em Caxias do Sul, fluxo intenso e velocidade caracterizam trevo do Monte Bérico

É  a junção de fluxo intenso e de excesso de velocidade num trevo que dá acesso a um bairro, duas empresas, uma cidade e que corta uma das principais estradas da região, os ingredientes que tornam o Trevo do Monte Bérico um dos mais perigosos da Rota do Sol. O trecho é o segundo visitado pelo Pioneiro dos seis que deverão receber melhorias em uma parceria do Estado com o município.

Durante essa semana, a reportagem acompanhou o tráfego de veículos do trevo do Monte Bérico. Nesta terça-feira, das 11h ao meio-dia, 173 caminhões passaram pelo local, fora os carros de passeio e motos.

Quem está no trevo para fazer a travessia em direção a Caxias ou ao Monte Bérico acaba se arriscando e aproveitando pequenos intervalos de tempo para cortar a Rota. Os mais afobados fazem a travessia mesmo com a proximidade dos veículos. Há ainda outro agravante: devido à vegetação, quem vem da Rua Jacob Luchesi tem a visibilidade afetada.

O local guarda as marcas do perigo: nos trevos, pedaços de pneus e de estrutura de veículos se misturam à grama. Entre 2010 e 2012, 50 acidentes de trânsito foram contabilizados. O trecho é sinalizado com seis placas de Pare e sete de marcadores de perigo. Destas últimas, duas estão quase deitadas, segundo moradores, por causa dos acidentes.

Há aproximadamente quatro anos, funcionários das empresas Amalcabúrio e Martiplast, com sede no local, providenciaram um dossiê com fotos de acidentes e entregaram ao Daer, em Porto Alegre, cobrando medidas para o trecho. Não obtiveram retorno.

- O excesso de velocidade e os caminhões que excedem a carga máxima permitida são para mim o maior problema. Quando escutamos o barulho da freada e da batida já sabemos que é acidente. Semana passada, por exemplo, tivemos um - observa o funcionário da Martiplast, Marciano Pradeiczuk, 20 anos.


ACESSO AO MONTE BÉRICO