Há um ano e um mês, Felipe Vieira Pinto dormia e acordava pensando em fumar crack, em Caxias do Sul.
No dia 18 de abril de 2012, ele foi resgatado das ruas na força-tarefa contra s droga. Ele dormia debaixo do viaduto perto do Monumento ao Imigrante quando foi abordado pelos integrantes da força-tarefa. Convencido a procurar ajuda pela assistente social da Secretaria Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social, Juliana Marcon, Felipe hoje comemora a recuperação.
No domingo, depois de nove meses na Fazenda do Senhor Jesus, da Pastoral de Apoio ao Toxicômano Nova Aurora (Patna), Felipe, 22 anos, graduou-se. Ou seja, completou o tratamento. Atualmente mora com um casal de evangélicos que o acolheu.
Como deixou a fazenda em março, a graduação - cerimônia com missa e presença de familiares dos residentes - poderia ter ocorrido em abril. Só que Felipe, sem contato com os pais desde os 17 anos, adiou-a porque era imprescindível convidar uma pessoa especial: a assistente social Juliana.
Na quinta-feira, eles se reencontraram.
- Eu precisava da senhora lá, porque foi o começo. E se não fosse através da senhora naquele dia, eu não ia estar aqui - enfatizou Felipe, em frente à sede da Patna. Juliana aceitou o convite.
Felipe, que deixou a escola na 8ª série, pensa em completar os estudos e até cursar faculdade. Na semana passada, retirou a carteira de trabalho. Dias antes, obteve o título de eleitor. Vai poder votar pela primeira vez nas próximas eleições.
Vitória
Jovem resgatado das ruas em força-tarefa contra o crack conclui tratamento para dependência em Caxias do Sul
Cerimônia de graduação ocorreu na Patna, no domingo
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