O Dia Nacional da Adoção, celebrado neste sábado, merece reflexão: os pretendentes a pai continuam escolhendo filhos de acordo com a idade. Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que mais da metade dos candidatos prefere apenas bebês e meninos e meninas de até dois anos. Caxias do Sul e cidades da Serra seguem a tendência.
Mas 97,5% das crianças e adolescentes disponíveis para adoção no Brasil têm acima de dois anos. Na prática, são 5.289 garotos e garotas que terão o dobro de dificuldades para conquistar uma família. Em Caxias, cinco meninas e 17 meninos se enquadram no perfil de adoção tardia. O mais jovem tem seis anos. Só que o Ministério Público (MP) e o Juizado da Infância e Juventude não conseguem encontrar pais interessados. Entretanto, sobram pretendentes no acolhimento de bebês.
Luciane Mattana Marcon, 42 anos, e Juliano Marcon, 42, são exemplo de que a adoção tardia dá certo. O casal contraria a ideia de que adotar bebês é a melhor opção para formar família. E mostram que não se pode ter preconceito, inclusive quanto à idade.
Rafael Kaique, 11, e Natiely, 12, são irmãos de sangue e foram adotados quando tinham cinco e seis anos. De descendência indígena e nascidos no Mato Grosso do Sul, agora são filhos de um casal de caxienses de pele branca.
- Meus amigos perguntam como é ter filhos adotivos que não chegaram à nossa casa bebês. Não entendo a pergunta, porque é totalmente normal. As pessoas têm dificuldades em criar filhos de sangue? Com filhos do coração é o mesmo - compara Juliano.
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Dia Nacional da Adoção
Caxias do Sul tem 22 crianças e adolescentes que aguardam por uma nova família
Casal é exemplo de que a adoção tardia dá certo
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