Considerado um dos maiores teólogos já vivos, Bento XVI, de características mais conservadoras, não possui o carisma do antecessor e, consequentemente, não cativa tanto os jovens como João Paulo II. Ainda assim, buscou aproximar a Igreja dos jovens por meio de uma linguagem mais atraente e acessível. Em sua conta no Twitter, @Pontifex, possuía mais de 1,5 milhão de seguidores.
- Os jovens tem uma tendência forte de amar o Papa. João Paulo II era mais midiático, Ratzinger é um pensador. Os jovens tem esse amor, mas muitos perceberam a diferença entre um e outro - diz padre Ezequiel Dal Pozzo, do Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha.
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), programada para ocorrer no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho, deverá estar no roteiro das primeiras viagens do novo pontífice. A vinda do novo líder máximo da Igreja Católica só será confirmada após a escolha. Sem a presença dele, a JMJ perderá grande parte do chamariz. O ponto alto das atividades, que reunirá o maior número de fiéis entre todas as celebrações, é a missa campal realizada nas areias de Copacabana.
Padre Rudinei Zorzo, coordenador do Setor Juventude da Diocese de Caxias do Sul e responsável pela Jornada Mundial da Juventude no município, ficou surpreso com a decisão, mas destaca a atitude solidária de Joseph Ratzinger:
- As atividades da Jornada estão confirmadas, é um evento que não depende exclusivamente do Papa. Dá para entender o amor que ele tem pela Igreja. Sabendo que não tinha mais condições, ele preferiu deixar o cargo para um mais jovem poder conduzir nesse momento difícil. Por um lado, tem essa dor, e por outro tem o amor.
Igreja Católica
"Foi uma atitude solidária", diz coordenador do Setor da Juventude da Diocese de Caxias sobre a renúncia do Papa
Padre Rudinei Zorzo afirma que as atividades da Jornada Mundial da Juventude não dependem exclusivamente do papa
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