No início de fevereiro, uma missa marcará a abertura de uma igreja com orientação católica e tolerância ao segundo matrimônio religioso, à união homossexual e a qualquer tipo de preconceito. É o que promete o grupo que se reúne há cerca de seis meses para fundar uma filial da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) em Caxias.
As celebrações ocorrerão nas quintas, às 20h, na capela da Casa da Juventude Murialdo, que por muitos anos abrigou um seminário.
O padre Anderson Luiz Golin, 31 anos, é o principal líder da ICM em Caxias. Ele estudou na igreja católica tradicional, foi irmão religioso, mas optou por não ser ordenado padre. A ordenação ocorreu pela ICM, descoberta por ele na internet há quatro anos.
Golin viajou a São Paulo e ao Rio de Janeiro, conheceu os ritos por lá e não teve dúvidas ao resolver trazer o modelo a Caxias, cidade que adotou há oito anos. Golin nasceu em Antônio Prado.
- A ICM surgiu como proposta inclusiva para todo cidadão que se sente prejudicado por algum preconceito. Falta lugar para essas pessoas, falta pessoas que as aceitem - prega.
A tradição do catolicismo em terras serranas não assusta, garante. Golin não teme reações contrárias, sustentado na experiência Brasil afora: ele só tem conhecimento de um caso de represálias, em Maringá (Paraná).
O padre defende o respeito à Igreja Católica. Por isso, casamentos homossexuais ou de pessoas que já foram unidas pelo catolicismo serão celebradas fora da capela. O lugar ainda não foi definido.
Por enquanto não é possível visitar a capela fora dos dias de missa, porque ela é fechada. As celebrações seguirão a linha carismática, com música ao estilo do Padre Marcelo Rossi, diz Golin.
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Religião
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