Há um ano, uma cratera no Km 160 da esfacelada Rota do Sol (RSC-453), em Caxias do Sul, quase provocou a morte de quatro pessoas. Na terça-feira, dia 21 de agosto, o motorista e pedestres envolvidos no acidente se reencontraram para contar o que mudou em suas vidas.
A dona de casa Janaina da Silva Sousa de Oliveira, 28 anos, aprendeu da pior maneira como uma rodovia sem conservação pode alterar vidas inteiras. Ela, dois filhos e um vizinho adolescente sobreviveram a um atropelamento no dia 16 de agosto de 2011.
O acidente se tornou emblemático por que havia uma cratera de três metros quadrados no caminho do taxista aposentado Constante Andreazza, 71 anos. Um buraco como tantos outros que ainda persistem e produzem histórias parecidas quase todos os dias nesse pequeno trecho da Rota. Ao passar sobre a falha na pista, Andreazza perdeu o controle do carro e atingiu as vítimas que aguardavam ônibus em uma parada.
Desde o dia do acidente, tanto Andreazza quanto Janaina não tiveram oportunidade de se encontrar. Se conheciam apenas por meio de notícias e fotos de jornais. Na tarde de terça-feira, a pedido do Pioneiro, os dois puderam trocar impressões sobre o caso, algumas palavras de conforto e tentar buscar alívio.
A breve reunião aconteceu na frente da moradia da mulher, na localidade de Boca da Serra. Eles também voltaram ao ponto do acidente, a 200 metros da casa, no Km 160 da rodovia. Janaina e o aposentado perceberam que compartilham o medo de transitar ou de simplesmente estar às margens da Rota do Sol, além da insatisfação pela falta de melhorias.
Apesar das promessas renovadas a cada mês, o Estado não tem dinheiro a curto prazo para reformas de impacto na Rota do Sol. Os buracos no Km 160 foram fechados na semana passada, mas é questão de tempo para os remendos romperem.
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Trânsito
Um ano depois, envolvidos em acidente na Rota do Sol se reencontram em Caxias do Sul
Desgovernado ao passar por buracos, carro atingiu mulher e crianças em parada de ônibus
Adriano Duarte
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