A Rota do Sol (RSC-453) deveria ser uma estrada exemplar, como sonhavam os idealizadores, mas não é. Virou rodovia sem dono e refém de promessas. O trecho entre Caxias do Sul e o distrito de Lajeado Grande, em São Francisco de Paula, é uma amostra do descaso.
Finalizado em 1990, o trajeto de 60 quilômetros nunca recebeu melhorias de impacto, apenas medidas paliativas. São praticamente 22 anos de esquecimento e muitas crateras pelo caminho.
A qualidade e o envelhecimento do asfalto, porém, não explicam a buraqueira na Rota, segundo o especialista em rodovias e transportes, engenheiro Mauri Adriano Panitz. Para ele, o pavimento pode estar fatigado. O que provoca as crateras e deformidades seriam caminhões com peso excessivo ou defeitos construtivos e de drenagem.
- O asfalto devia durar, no mínimo, 10 anos sem problemas ou apresentando pequenos problemas. Mas o excesso de peso pode reduzir a vida útil em um terço - explica Panitz.
Por outro lado, o Estado gasta quase nada para manter a Rota. Ou melhor, faz de conta que preserva. Nos últimos meses, os únicos reparos foram emergenciais. A cada chuva, as equipes do Daer fecham os buracos com material granulado usando apenas pás. O tal remendo provisório dura poucos dias. Conserto de verdade é exceção apenas para crateras protuberantes.
Infraestrutura
Entenda por que a Rota do Sol, em Caxias do Sul, está sempre esburacada
Falta de investimentos acelerou decadência da rodovia
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