Mesmo com apenas sete atores, a Via-Sacra foi apresentada na manhã desta sexta-feira, junto aos Pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul. Oficialmente, a encenação do sofrimento e da morte de Jesus havia sido cancelada por falta de ensaio. Mas a Paróquia São José decidiu mantê-la, em consideração ao público que costuma ir ao parque para assistir às cenas da paixão de Cristo. A plateia foi pequena: 30 pessoas.
Não teve diálogos entre os personagens, nem fundo musical, como ocorria nos anos anteriores, quando integravam a Via-Sacra aproximadamente 50 pessoas. Orações e textos relacionados à Campanha da Fraternidade foram lidos enquanto os atores - interpretando Jesus, Maria, quatro soldados e Verônica - subiam os degraus das 14 estações que mostram os últimos passos de Jesus.
- Nós trouxemos nosso grupo mínimo de jovens para rezarmos junto à Via-Sacra para que vocês não retornassem para a casa sem satisfazer essa necessidade espiritual de se unir a Nosso Senhor no dia de sua paixão, cruz e morte - justificou o padre Álvaro Pinzetta, antes do começo da representação do calvário.
No final, o padre lembrou que, em edições anteriores, o público chegou a ser de duas mil pessoas.
Quem acompanhou a Via-Sacra rezada não reclamou.
- A gente estranhou, porque nos avisaram que não ia ter, e depois que ocorreria. Viemos igual. Se não tivesse, a gente voltaria e iria para a igreja. Mesmo com pouca gente, o sentimento é o mesmo. Na hora em que Maria recebe Jesus nos braços, eu, como mãe e avó, me emociono muito _ conta a dona de casa Delfina Giequelin, 67 anos, que foi com o marido João Giequelin Neto, 67, aos pavilhões.
Religião
Via-Sacra é apresentada junto aos pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul
Por falta de ensaio, não houve a tradicional encenação do sofrimento de Cristo
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