Medidas de salvaguarda contra a importação de vinho fino serão o principal pedido do setor vinícola entregue em um documento à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, na quinta-feira durante a abertura da Festa da Uva, em Caxias do Sul.
No ano passado, a importação de vinhos pelo Brasil cresceu 3%, conforme o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Entraram no país 77,6 milhões de litros de vinho estrangeiro, vindos de 31 países, o maior número já registrado. Para comparar: o Brasil produziu 35 milhões de litros de vinhos finos e espumantes em todo 2011.
- Existe uma distância muito grande. E isso vem ocorrendo há mais de 10 anos. Precisamos de fôlego, de apoio por parte do governo para nos tornarmos competitivos - entende o presidente do Ibravin,
Alceu Dalle Molle. Outras questão é o controle rígido sobre os rótulos da bebida estrangeira.
- É um contra-senso. Quando exportamos, temos que nos adequar à legislação do país. Mas, os produtos que entram aqui não seguem um padrão. Não é justo que um vinho demi-sec ou meio-doce não tenha a informação no rótulo de que foi adicionado açúcar, enquanto que o nosso deve ter - explica Dalle Molle.
Conforme o coordenador da Comissão Interestadual da Uva e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Olir Schiavenin, o setor agrícola não encaminharia pauta específica para a presidente, apenas endossaria o pedido sobre as barreiras contra o vinho importado.
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