Nesta edição da Festa da Uva, é evidente: há mais apresentações artísticas pelos Pavilhões do que em eventos anteriores. Mas nem todos têm a arte como fonte de renda: entre os grupos, há artistas, estudantes e profissionais que aliam seu trabalho à arte.
Exemplo disso é o Grupo EDZ. Quatro jovens interpretam uma equipe de reportagem dos anos 1960 e abordam visitantes, funcionários de estandes, integrantes da organização da festa e até políticos. Juliano Calabró, 24, Mateus Macedo, 16, Caciano Kuffel, 21, e Paula De Marco, 14, dão vida a um repórter, a um cinegrafista e a dois produtores.
Além de fundador do grupo, é Calabró quem repassa alguns dos ensinamentos para os colegas. Caciano, Mateus e Paula ainda têm os estudos como atividade principal, conciliados com a arte. Precoces, Mateus e Caciano fazem mágica desde os seis e sete anos, respectivamente. O primeiro, que ainda cursa o 1º ano do ensino médio, já fez diversos cursos e afirma:
- Quero o teatro como profissão.
Caciano, estudante de Publicidade e Propaganda, ainda consegue tempo para trabalhos extras. Paula, a mais nova, cursou teatro e clown (palhaço) no ano passado.
- Estou gostando muito, o pessoal nos recebe sempre bem aqui na festa. Estou cursando técnico em química no IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul), mas não quero largar o teatro - projeta.
A trupe faz abordagens por todo o parque. Divertidos, cercam o visitante para o repórter fazer perguntas enquanto o cinegrafista "filma" com uma câmera de papelão. Os dois produtores simulam fotografar com uma máquina sem filme ou fingem tirar pó da roupa do entrevistado, arrancando gargalhadas de quem assiste.
