Nas últimas semanas, o Ministério Público (MP) esteve à frente de uma investigação incomum em Farroupilha. A partir de denúncias, descobriu-se que sete mães viciadas em crack eram suspeitas de planejar a venda de seus filhos para outras famílias. Como as mulheres estavam grávidas, a promotoria agiu antes e passou a monitorar as gestantes. Os recém-nascidos foram retirados do convívio das mães, todas prostitutas, e colocados para adoção em um abrigo.
A história só veio à tona porque a mãe de uma das crianças, que ainda frequenta rodovias e boates da região para se prostituir, se tornou o pivô da investigação aberta pelo MP. A partir de denúncias da mulher, a promotora Cláudia Formolo Hendler Balbinot impediu o que seria um esquema de venda de recém-nascidos, envolvendo as viciadas, advogados e donas de casas de prostituição.
Diante das suspeitas, a promotora determinou o acompanhamento da gestação por parte do Conselho Tutelar (CT), que também teve apoio da Secretaria Municipal da Saúde e Meio Ambiente. Um estudo social mostrou que as sete mulheres e seus familiares não tinham condições de criar os filhos. Por isso, a Justiça determinou o recolhimento de todos os bebês.
- Elas (viciadas em crack) querem ajuda, mas não conseguem sair dessa situação, o que compromete suas relações familiares - diz.
Leia a matéria completa na edição de final de semana do Pioneiro.
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Mães viciadas em crack venderiam bebês em Farroupilha
Ministério Público agiu antes e Justiça encaminhou crianças para adoção
Adriano Duarte
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