Quase 23 anos depois, o Caxias voltará a encontrar o Figueirense numa competição nacional. Em 2001, o clube grená encarou os catarinenses no Estádio Orlando Scarpelli, pela sexta rodada do quadrangular final da Série B e perdeu o acesso para a elite nacional por erro grave e admitido anos depois pelo árbitro do jogo Alfredo Loebeling.
O Figueirense vencia o Caxias por 1 a 0 até os 46min do segundo tempo. No entanto, os torcedores pularam os alambrados e invadiram o gramado. Os jogadores começaram a comemorar o final do jogo. E a polêmica se arrastou nos tribunais, mas sem sucesso para o Caxias. O torcedor grená terá um reencontro histórico no próximo domingo (2), às 16h30min, no Centenário e os jogadores sabem disso.
—O jogo contra o Figueirense, que historicamente sabemos que tem uma situação de torcida e tudo mais, mas a gente pensa como se fosse um próximo jogo mesmo. Eu acho que tem que manter essa questão na torcida, ainda mais que passaram-se muitos anos disso. O foco fica mesmo, não nessa questão de história, e sim de uma partida com três pontos. A gente precisa somar e não criar uma guerra durante uma partida. Então, eu acho que a gente fica bastante tranquilo, mas obviamente a gente quer os três pontos — comentou Galvan.
O Caxias terá uma sequência grande jogos pela frente. Na próxima semana, serão três jogos em sete dias. Depois de 35 dias sem partidas oficiais, agora é hora de buscar ritmo de competição.
— Eu acho que dificuldade sempre vai existir, independente se você tem ritmo ou não, porque afinal de contas estávamos há um bom tempo sem a Série C. A gente está retomando aos poucos, temos uma nova oportunidade de reestrear no campeonato de uma maneira diferente — avaliou Galvan, que completou:
— Não é nada além do que a gente já imaginava por conta da paralisação. Eu acho que a gente fica mais focado na questão do elenco. Temos capacidade de grupo para isso, então temos que pensar jogo a jogo. Obviamente, a logística vai ser um pouco mais prolongada do que a gente imaginava, mas o pensamento fica concentrado no grupo de querer fazer o resultado em cada partida.
Na Série C, o Caxias tem uma derrota na estreia para o Athletic e um empate diante do Botafogo-PB fora de casa. Chegou a hora de buscar a primeira vitória e mudar o que deu errado no começo.
— Eu acho que é essa questão da atitude. Isso ficou claro contra o Botafogo no segundo tempo e eu digo não pelos atletas que entraram na partida, mas sim de todo o grupo, onde a gente foi acertando, a gente acabou com aquela ansiedade de estrear na Série C. Depois de uma partida muito difícil que foi na estreia, então eu acho que essa mudança de atitude será a principal arma do Caxias — finalizou.