O Campeonato Gaúcho se transformou num filme de terror para o Juventude. Em nove rodadas, uma vitória, cinco empates e o time terá dois jogos para escapar do fiasco do rebaixamento. A expectativa criada, pela permanência na Série A e o elenco montado para o Estadual, se transformou em tensão. Após o clássico Ca-Ju, isso aumentou. O Caxias foi melhor e deixou de vencer dentro do Estádio Alfredo Jaconi.
— Eu acho que, neste momento, tem esse tipo de discussão. Nós criamos uma expectativa alta pela reta final do Brasileiro e pelos nomes que foram chegando. A campanha tão ruim e abaixo, com uma pontuação vexatória, aparece essa discussão. A campanha é muito ruim, mas chegaram bons nomes e atletas mais expoentes — comentou o executivo de futebol Marcelo Barbarotti.
O Juventude está na luta contra o rebaixamento e, agora, dá uma pausa no Gauchão para atuar na Copa do Brasil. Na quarta-feira (2), às 16h30min, enfrenta o Porto Velho-RO, fora de casa. Depois, serão duas partidas finais no Estadual. Guarany-Ba, em casa, e Brasil-Pel, como visitante.
— A situação é muito complicada, mas temos dois jogos. Temos um em casa e outro contra o Brasil-Pel, que sempre é uma dureza. Dependemos somente de nós. Enquanto as forças são do Juventude, sem depender de outros resultados, temos que fazer esses pontos, é nossa obrigação. O Juventude já passou por inúmeros momentos na sua história e com vitórias épicas — disse Barbarotti, que completou:
— Não temos conformismo nenhum. Não podemos achar que isso é o suficiente ou se está bom. Está muito claro. Às vezes, a gente defende A ou B aqui, mas internamente existe uma cobrança e é muito claro e reto. Às vezes, é protegido pro exterior e cobrado no interior. Existe descontentamento e cobranças em todas as áreas.
Um rebaixamento no Gauchão seria a maior derrota da história centenária do Juventude. Por isso, os dois jogos finais serão fundamentais para escapar dessa situação vexatória.
— Existe tristeza, revolta, raiva, mas existe esperança. Tenho certeza disso. Vamos trabalhar para não acontecer essa situação que seria inédita. O Juventude e sua torcida não merecem — finalizou Barbarotti.