Não tem mais como deixar passar. O Caxias entra no campo da Arena da Amazônia, neste sábado, a partir das 16h, para fazer do icônico estádio de Copa do Mundo o palco de um grande capítulo da sua história. Faltam 90 minutos contra o Manaus para o clube conquistar, enfim, um acesso em competição nacional.
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— É um momento tão esperado, tão sonhado e queremos muito isso. Eu me considero um torcedor do clube. Então, chegou a hora e vamos manter o foco para conseguir esse acesso — afirma o meia Diego Miranda.
Desde 2016, o clube luta para se reerguer e falta apenas este último passo. Diego Miranda é um personagem de toda essa história. Após um 2015 trágico, com quedas no Estadual e na Série C, ele chegou no início da temporada que culminou com o título da Divisão de Acesso e o retorno ao Gauchão, no time comandado por Beto Campos.
Três anos se passaram e após uma oportunidade desperdiçada para subir – ano passado caiu para o Treze nas quartas de final –, a chance é ainda mais clara. Seria uma forma singular de Diego colocar seu nome na história grená. Dois acessos na reconstrução de um clube tradicional no Rio Grande do Sul. Com vantagem da vitória de 1 a 0 no jogo de ida, a classificação à Série C parece próxima.
— Estamos nos contendo na questão de nervosismo e ansiedade. Mas estão todos pensando iguais, por esse acesso. Se Deus quiser não vamos deixar escapar, pois estamos trabalhando para isso — reafirma o meia grená.
Sequer a promessa de um estádio lotado, a capital amazonense unida e empurrando o Manaus, tira a confiança do Caxias. Inclusive, para Diego Miranda a presença do público pode ser um adicional na motivação dos jogadores. Aos grenás, que fizeram mais de 4,4 mil quilômetros de Caxias ao Amazonas, e aos que estarão na Serra Gaúcha, uma promessa.
— Não faltará empenho, garra. Os jogadores estão concentrados e viemos para fazer um grande jogo. Viemos buscar esse acesso — avisa Diego.
Sem espaço para mais delongas, está na hora do Caxias por um ponto final na sua relação com a Série D. E ela poderá ser em grande estilo, em arena de Copa do Mundo.
Vice da Federação Gaúcha acompanha a delegação grená
A delegação grená também conta com o futuro presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsmann. O atual vice da entidade acompanhou o treino de sexta-feira e vem com a expectativa de mais um acesso gaúcho no Campeonato Brasileiro.
— (Esse acesso é) extremamente importante para o futebol gaúcho. Seria mais um clube a ascender no cenário nacional, mais uma vaga que abrirá para outra equipe do Estado. Esperamos que essa vantagem conquistada em Caxias se mantenha para voltarmos para o Rio Grande do Sul com mais esse acesso — disse Hocsman.
O clima de hostilidade também foi pauta na conversa com a Federação Amazonense. Algo que preocupava os grenás.
— O Caxias se preparou bem com a questão de segurança e a Polícia Militar tem dado todo apoio. Eu e o presidente Noveletto tivemos contato com o presidente da federação amazonense e nos passaram toda a tranquilidade. Mas tudo está correndo bem — destacou o mandatário.
Hocsmann assume a presidência da FGF em janeiro. Ao todo, o Estado tem seis clubes nas três primeiras divisões e mais três vagas na Série D.
Caso o Caxias conquiste a classificação neste domingo, o Novo Hamburgo estaria garantido na Quarta Divisão nacional em 2020. O São Luiz também tem vaga na competição para a próxima temporada. A terceira equipe gaúcha será definida na Copa Seu Verardi, que inicia em agosto.