"Perdemos todos". Da economia à perda de autoestima, o prefeito de Veranópolis, Waldemar de Carli, lamentou a queda da equipe pentacolor no Gauchão 2019. Para ele, as duas marcas da cidade são a Longevidade e o Veranópolis Esporte Clube, que foi rebaixado para a Divisão de Acesso.
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— Representa uma perda considerável. O clube representa toda uma comunidade, tem uma longa história. É um clube que construiu uma credibilidade, que tem uma infraestrutura esportiva muito boa. É um genuíno representante da cidade. Junto com a nossa marca da longevidade, o Veranópolis era a entidade que mais nos divulgava — avaliou.
Sem citar números, o prefeito da cidade também listou as perdas no aspecto econômico, tanto em dias de jogos, mas também pelos atletas que chegavam ao município a cada começo de temporada.
— Também se perde em termos econômicos. Movimentação de comércio local. A cada ano você agrega 30 novas famílias morando e consumindo na cidade. O VEC movimenta o comércio, alimentação, aluguéis. Perdemos todos — explicou, antes de elencar uma das maiores perdas:
— A perda é em todos os sentidos, até de conceito e autoestima da nossa comunidade.
Vizinho do ADF e torcedor
Fora de campo, o sentimento também é de frustração. Depois de protestos em meio ao Carnaval, o torcedor deu voto de confiança ao time nas últimas rodadas, mas a queda já era iminente.
— Cresci dentro deste estádio, acompanhando treinos, jogos. Agora, infelizmente, estamos na segunda divisão. Tem que correr atrás para subir de novo. Não sei o que aconteceu, se má gestão, problemas internos. Minha melhor lembrança foi em 2007, quando o VEC fez um gol aos 48 minutos no segundo tempo e o Inter não se classificou. Sou colorado, mas apaixonado pelo VEC — conta Marco Antônio Rigo, 30 anos, morador dos arredores do Estádio Antônio David Farina e sobrinho de Miguel Rigo, presidente do VEC de 1993, além de espectador privilegiado:
— Da nossa casa dava para ver o campo quando não tinha o segundo piso. Vinha toda a galera assistir na chapa de casa.