A cadeira de presidente do Juventude para o ano de 2019, neste momento, está vaga. Roberto Tonietto anunciou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, que não seguirá como mandatário do clube na próxima temporada. Por questões profissionais, Tonietto vai se mudar para São Paulo, o que inviabilizaria sua continuidade no cargo.
– Para atender ao Profut, foi colocado um mandato de dois anos, mas com uma possibilidade estatutária de a direção deixar o cargo ao final do primeiro. Com essa condição, iniciei o 2018. Já em março minhas questões profissionais me levaram a decidir que em 2019 meu domicílio não seria mais em Caxias do Sul e conversei com o Leonardo (Tonietto), presidente do Conselho Deliberativo. Seria uma irresponsabilidade com o clube administrar o Juventude estando na cidade apenas aos finais de semana. Isso só não foi externado antes por questões óbvias, de o campeonato estar iniciando e poder causar alguma insegurança – explicou o presidente.
Mesmo mantendo o tom ponderado, habitual em todas entrevistas, Tonietto assumiu a culpa pelo rebaixamento, pediu desculpas ao torcedor e lamentou os erros cometidos na temporada, que passaram, segundo ele, pela preparação física, contratações e troca de comando com perfis diferentes de trabalho.
– O difícil não é administrar o clube, mas as vaidades que existem neste meio. Por vezes falo do fogo amigo e não é brincadeira. Pessoas que a gente acha que são juventudistas, não estão aqui dentro e, de fora, fazem críticas maldosas. Fico um pouco chateado. Fora isso, o futebol brasileiro hoje vive uma situação difícil. Vão ficar os grandes clubes, poderosos, e os pequenos. Os clubes médios tem custo alto e não tem receita. É uma preocupação grande.
Segue no patrocínio
Tonietto deixou claro que continuará auxiliando o clube e a Rodoil seguirá como patrocinadora na próxima temporada:
– Quero continuar ajudando em tudo que for possível. Não vou abandonar o clube. Se precisar alguém para cuidar da portaria em algum jogo, estarei aí. Mas é também a hora de vir um gás novo, pessoas novas que possam oxigenar o Juventude.
A grande questão a partir de agora é a definição de quem será o novo presidente. Os vices poderiam assumir, mas nada ainda foi definido. As reuniões entre atuais e antigos dirigentes já iniciaram nos últimos meses e seguem nesta semana para que uma solução seja apresentada o mais rápido possível. Além de Tonietto, o vice de futebol Jones Biglia também deve deixar o cargo.
– É uma decisão pessoal de cada um. Dos meus vice-presidentes, alguns estão dispostos a continuar e ajudar, até pelo bom trabalho na área de patrimônio, marketing ou administrativa. O Jones Biglia já falou que não continua, até pelo desgaste que existe no futebol. Falo por mim e espero realmente que meus vices continuem, o que seria bom para o clube – ressalta Tonietto.