Ele não é o protagonista do clássico desta segunda à noite, mas seu nome tranquiliza os dois lados. Leandro Pedro Vuaden será o árbitro do Ca-Ju 282 – com auxílio de José Eduardo Calza e André Bitencourt – e tem na sua experiência, e no seu histórico, o respaldo dos 22 atletas que estarão em campo. Aos 42 anos, Vuaden vai para o seu quarto clássico de Caxias do Sul e até pela importância da partida está concentrado desde ontem na cidade.
— A arbitragem vai avaliar cada jogador e suas características em todas as situações. A gente já conhece todos, mas é um exercício de repetição a todo momento, como é para os atletas. Eu não vejo a hora de chegar às 20h e dar o apito inicial. A partir daí, viver essa emoção que é única — pontua o árbitro.
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O histórico de Vuaden é grande. Por oito anos esteve no quadro da Fifa, apitando inclusive Eliminatórias da Copa do Mundo, e acabou saindo no ano passado. Ainda com mais três anos apitando jogos de alto rendimento, já que a idade limite é de 45 anos, ele falou com o Pioneiro sobre a preparação, a rivalidade, o clássico e a renovação do quadro de arbitragem gaúcha. Confira os principais trechos.
Preparação
Leandro Vuaden: vamos estudar os últimos enfrentamentos, quais as situações que aconteceram. Vamos relembrar aquilo que foi discutido na nossa pré-temporada. Da forma como os times fazem as suas preparações, nós fazemos com o mesmo objetivo. A partir daí, quando você se prepara, trabalha, conversa e define algumas situações, se torna mais fácil para colocar em prática. Isso que faremos, com toda naturalidade que o futebol merece.
Abordagem no jogo
— O clássico tem suas particularidades. Futebol é emoção e bola rolando. Claro, temos que levar em consideração a regra do jogo, que não pode ser rasgada. Mas eu gosto de deixar o jogo fluir no bom sentido, criar essa emoção e ser um espetáculo para todos. Não que o Vuaden deixa solto e a pancadaria é livre ou “eu sei que vou poder dar uma chegada forte com um minuto de jogo, que o Vuaden não vai me dar cartão”. Não! Existem as situações que podem ser administradas de forma verbal ou com cartões. Isso a experiência ajuda. Quero que o jogo ande, que não fique toda hora truncando. Lógico, eu tenho cuidado para não desandar e virar pancadaria porque a responsabilidade é minha. Vai ser brigado? Vai ser, não tem outra possibilidade. Mas a expectativa que seja jogado, que tenha gols e possa fazer a alegria de todos que irão ao estádio.