Apenas 13 dias separam a data de apresentação de Hemerson Maria do primeiro duelo das quartas de final da Série C. Substituto de Marquinhos Santos, que foi para o Figueirense após o final da fase de classificação, o técnico de 44 anos tem nas mãos o desafio de tentar recolocar o Fortaleza na Série B. No caminho está o Juventude.
O treinador, que fez boa parte da carreira em Santa Catarina e iniciou a temporada no Joinville, atendeu ao Pioneiro na noite de ontem para falar sobre a decisão do acesso e o que espera do confronto diante da equipe alviverde. Hemerson Maria conta com todo grupo à disposição e deve colocar em campo no Jaconi o mesmo Fortaleza que enfrentou o Remo, na penúltima rodada da primeira fase. Em relação ao jogo de volta contra o Inter pela Copa do Brasil, na única partida em que comandou o time, apenas uma mudança: sai Juninho e entra Rodrigo Andrade.
Dar continuidade ao trabalho, colocar em prática seu estilo de jogo e encarar a pressão pelo fato de o Leão ter batido na trave em três das últimas quatro temporadas são alguns dos desafios do técnico, que espera um duelo equilibrado e decidido nos detalhes. O Fortaleza viaja hoje para Porto Alegre, treina na Capital e chega amanhã em Caxias do Sul para dar sequência na concentração.
Pioneiro: Qual a expectativa para a decisão do acesso?
Hemerson Maria: Primeiro me senti muito honrado com o convite do Fortaleza. É um grande desafio, mas também uma oportunidade muito grande para o clube, de conquistar um objetivo que eles já buscam há sete anos. O ambiente é muito positivo na cidade, as duas equipes vivem momentos muito parecidos, com grandes campanhas na temporada, no Estadual e na Copa do Brasil. O confronto está aberto, tem a tradição dos dois lados e vejo dois jogos muito difíceis, onde o fator emocional será preponderante, até por ver muita igualdade na questão técnica dos dois times.
É ainda um início do teu trabalho no Fortaleza e já tem de cara uma decisão. Como trabalhar nesse sentido?
– Foi uma situação controversa. A oportunidade surgiu para o Marquinhos e o Fortaleza me escolheu. A ideia nesses dias de trabalho foi fazer a correção de alguns detalhes que podem ser melhorados, mas a dinâmica de jogo e a maneira como a equipe vinha atuando me agrada e é bem parecida da qual eu conduzo.
Qual a avaliação que pode ser feita do Juventude?
– O Juventude é muito forte coletivamente, não tem uma formação fixa. Existe o rodízio de jogadores e o padrão segue o mesmo. Foi o que se pode ver contra o Atlético-MG. Nós observamos o Juventude, mas de nada adianta você só se preocupar com o adversário e esquecer das suas qualidades.
Qual vai ser a postura do Fortaleza no Alfredo Jaconi?
– A equipe tem um DNA ofensivo e a ideia é fazer um jogo muito inteligente, sem deixar de agredir o Juventude. Com todo respeito ao Juventude, a ideia é fazer um confronto equilibrado emocionalmente para que possamos, ao final dos 90 minutos, conseguir a vitória que seria um grande passo para chegar na Série B do ano que vem.
Campanha do Fortaleza na 1ª fase da Série C
8 vitórias
6 empates
4 derrotas
26 gols marcados
17 gols sofridos
Fora de casa: 2v, 4e, 3d
z Time-base: Ricardo Berna; Felipe, Lima, Edimar e William Simões; Juliano, Corrêa, Éverton e Rodrigo Andrade; Daniel Sobralense e Anselmo.
z Artilheiros: Daniel Sobralense, com 8 e Anselmo, com 7