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Com o gramado do Alfredo Jaconi em tratamento, o Juventude estreou na Série C do Brasileiro na Arena do Grêmio. E a casa alugada na noite desta segunda-feira não deu sorte. O empate de 1 a 1 sofrido para o Ypiranga aos 47 minutos do segundo tempo frustrou o início da caminhada do maior objetivo do ano: o acesso à Série B. Principalmente, pela expectativa criada pelo vice-campeonato gaúcho e o avanço à terceira fase da Copa do Brasil em cima do Coritiba.
Ressabiado pela goleada de 4 a 1 que levou nas quartas de final do Gauchão, o Ypiranga veio com proposta diferente na Arena do Grêmio. Mais fechado, compacto e marcando os principais jogadores do meio para a frente do Juventude, como Roberson e Bruno Ribeiro, a equipe do técnico Leocir Dall'Astra conseguiu controlar de certa forma o primeiro tempo.
O primeiro chute a gol do Ju só foi ocorrer aos nove minutos, quando Felipe Lima ajeitou a bola antes da entrada da área e chutou forte. Assustou o goleiro Carlão. Mas foi o meia Danilinho que assustou mais o goleiro Douglas, aos 14. Em cobrança de falta pela meia-direita, ele bateu no ângulo. Douglas pulou bem para a esquerda e defendeu.
Aos 17, o lateral-esquerdo Pará avançou pela esquerda em velocidade, cortou para dentro e emendou um chutaço, mas a bola foi por cima do gol. Com marcação forte, a equipe de Erechim não deixava o Ju penetrar na área. Nas poucas vezes que o time alviverde conseguiu infiltrar, não aproveitou. Aos 27, Brunou Ribeiro apareceu na esquerda e cruzou para o meio da área. Roberson não conseguiu chegar.
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Aos 38, numa bobeada do goleiro Carlão, que tentou fazer a reposição e chutou nos pés de Wallacer, o camisa 10 invadiu a área, driblou para dentro e demorou muito para chutar. Quando fez, chutou prensado e desperdiçou a chance.
No segundo tempo, o Ypiranga começou mais forte. Em menos de cinco minutos, chegou duas vezes à frente contra nenhuma do Ju, que neste momento tinha a estreia do centroavante Hugo Almeida. Na primeira chance do novo reforço, Wallacer cruzou da esquerda e ele cabeceou mal, aos sete minutos.
Pará e Bruno Ribeiro criavam as principais situações de gol. Aos nove, o lateral chegou a dar uma janelinha no marcador na linha de fundo e cruzou para trás. Robson quase marcou contra, mas o goleiro Carlão estava atento. Depois, Bruno Ribeiro chutou de longe e o goleiro defendeu de novo.
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Do lado do Ypiranga, Danilinho era o mais perigoso, seja em cobrança de falta ou em passes milimétricos para os atacantes. Inexplicavelmente, o técnico do Ypiranga tirou o camisa 10 e colocou Léo. Parece que foi um sinal para chamar o Ju ao ataque. Aos 22, Wallacer cruzou da esquerda, com o pé direito, e Bruno Ribeiro bateu de primeira sem dó nem piedade: 1 a 0.
A partir do gol, o jogo ficou mais aberto, tanto que as chances começaram a aparecer dos dois lados. Pelo lado do Ypiranga, João Paulo desviou escanteio e a bola foi no travessão. No lance seguinte, fez gol em impedimento. Do outo lado, Wallacer e Sassá quase marcaram em chutes de fora da área. O de Sassá foi mais perigoso ainda e bateu na trave.
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E assim a partida foi até o fim. E como quem não faz, leva, Léo acabou empatando aos 47 minutos em contra-ataque rápido e com assistência de João Paulo: 1 a 1. Predestinado Léo em escolha que parecia inexplicável de Leocir Dall'Astra. A Arena do Grêmio não foi o Alfredo Jaconi e não lembrou em nada a festa verde no Gauchão. Nesta segunda-feira, a comemoração foi mais amarela.