Ligia de Jesus é a única gaúcha na final do Pan-Americano de Pole Dance nesta sexta-feira

Praticante de ioga desde criança, a porto-alegrense Ligia de Jesus adquiriu gosto pela atividade física e para desafiar os limites do corpo. Aos 16 anos, virou professora de ioga, adquirindo flexibilidade, força e didática. Então, conheceu o pole dance. Iniciou fazendo aulas duas vezes por semana e, depois de cinco meses, largou o emprego de assistente financeira para começar a dar aulas em Caxias do Sul e Canoas. Nesta sexta-feira, será a única gaúcha na final do 2º Pan-Americano de Pole Dance, no Rio de Janeiro.



Este vai ser o sexto campeonato de Ligia, o terceiro internacional. O primeiro foi no ano passado, a Copa Sul-Americana, em Cali, na Colômbia. Também em 2014, sagrou-se campeã amadora da 3ª Copa do Mundo, no Rio, e trouxe o primeiro título para o Estado. Além disso, representou o país na etapa internacional, ficando em oitavo.

Agora, Ligia disputará o título na categoria amador com outras 30 atletas de 10 países. Sempre com o pé na estrada, ela dá aula de pole em Canoas, de segunda a quarta. No restante da semana, no estúdio que leva o seu nome, em Caxias do Sul, se dedica às alunas, das quais recebe incentivo e apoio. A atleta é fonte de inspiração para todas.

- A Ligia tem um papel essencial na minha vida como aluna e professora. Foi graças ao incentivo e a dedicação dela que hoje sou defensora da modalidade - conta Gabrielle Ellia.

Ligia ainda busca definir o estilo, mas os movimentos que exigem velocidade e força, que envolvem quedas e que, de certa forma, apresentam algum grau de perigo, são os preferidos.

- Para melhorar a qualidade, faço hip-hop, pilates e ginástica artística, além das horas que dedico aos treinos de técnicas de pole, que abrangem fortalecimento e flexibilidade - destaca.

A atleta explica que na apresentação os atletas são avaliados em três critérios: artístico, técnico e execução. Na parte artística, coreografia, ritmo, musicalidade, figurino e interpretação são levados em consideração. Já no técnico, são avaliados os movimentos, levando-se em conta o grau de dificuldade, como giros, isométricos de força, flexibilidade e acrobacias de solo.