Reestruturado, Caxias conta com a colaboração de torcedores e apoiadores para dar nova cara ao Centenário

Desde a saída do ex-presidente Osvaldo Voges, em 2012, o Caxias passa por um momento de transformação. Dentro e fora de campo. Uma mudança necessária e que atinge diretamente a infraestrutura do clube grená.

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O antigo mandatário assumiu o clube em fevereiro de 2007 e assinou um contrato de 15 anos com o clube. Como premissas principais, queria sanar as dívidas, reestruturar o Caxias e colocar a equipe na Série B. Faltou o último item e em meio as reclamações da torcida, uma faixa nas arquibancadas marcou o período: "Parabéns pela estrutura. Queremos time". 

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Nos anos anteriores, o Caxias vivia cercado pela incerteza. Com uma grave crise financeira, tinha um CT largado às moscas e os bens patrimoniais ameaçados. Hoje, a situação é diferente. Com uma estrutura sólida e de grande porte, o time grená gasta cerca de 50 mil mensais na manutenção do estádio e do CT Baixada Rubra Vanderlei Bersaghi.

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Porém, muitas questões ainda estão em aberto. O posto à frente do estádio pertence ao clube mas está alugado por 10 anos. O presidente Nelson Rech Filho confirmou que 50% da área do CT é de Osvaldo Voges. Aliás, a dívida que o clube teria com o empresário ainda gera um certo incômodo.

Na sua entrevista de despedida, em 2012, Voges falou sobre o dinheiro que investiu no Caxias, estimado em cerca de R$ 20 milhões, e mostrou tranquilidade:

- Espero um dia receber. Não estou cobrando.

Rech reafirma o fato que Voges descumpriu o contrato inicial de 15 anos e nunca passou qualquer prestação de contas sobre suas gestões. Além disso, em nenhum momento deixou claro o valor que teria a receber do clube.

Nova cara

Desde o início de 2013, Nelson Rech Filho abriu as portas do Centenário para que os torcedores interessados pudessem ajudar a trazer uma nova cara ao clube. A principal iniciativa neste sentido foi comandada pelo atual vice-presidente de marketing Adriano Gardelin. Ele convocou um grupo de amigos, contou com a doação de tintas, e comandou a pintura de todo o estádio.

Além disso, por meio de parcerias, o Caxias reestruturou sua academia e colocou novas cadeiras nas áreas destinadas aos reservas. Tudo com custo reduzido.

Outra mudança significativa foi a construção de três novas torres para a colocação dos refletores, retirados do Estádio Beira Rio e cedidos pelo Inter. Eles foram instalados para trazer uma melhora de 300% na iluminação do estádio.