Não há dúvida que já foi bem pior. Em 2011 e 2012, o Juventude precisou ganhar as copinhas Laci Ughini e Hélio Dourado para poder entrar na Série D do Brasileiro. Até 2011, o Caxias disputava a Série C no formato antigo, com grupos de quatro ou cinco componentes. Desde 2012, os grenás desfrutam de um calendário mais ameno, em uma Série C dividida em dois grupos de 10, enquanto o Ju viu melhora só em 2014, na volta à terceira divisão nacional. Há nove anos a dupla Ca-Ju muda o planejamento financeiro e técnico a cada temporada, porque o calendário ideal só existe mesmo na B e na A.
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- O calendário é importante na busca de sócios e na captação de patrocínios. Para o Ju, houve uma melhora significativa com o acesso. Lembro que em 2010, ficamos quatro meses parados depois da Série C. E com o calendário parado, não se consegue nada. Acho que o grande problema do calendário hoje na C e D é o final do ano - afirma o diretor de marketing do Ju, Mauro Trojan.
Rebaixado para a Série C em 2009, o Juventude conviveu com calendários confusos e curtos até o ano passado. Em 2010, disputou a C em um grupo de cinco times, amargou outro rebaixamento e praticamente encerrou o ano em setembro. Em 2011, jogou a D em uma chave com cinco clubes, repetindo a experiência em 2012 e 2013, quando finalmente conquistou o acesso, chegou à final e teve calendário até novembro.
Especial
Dossiê Ca-Ju: o problema crônico do calendário nas divisões inferiores
Caxias e Juventude sofrem há anos com as longas paradas entre competições
Adão Júnior
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