Ele chegou com uma grande responsabilidade. E, aos poucos, começa a mostrar que pode dar conta do recado. Ainda é cedo, são apenas dois jogos disputados no Gauchão, mas Lucão indica ter todas as credenciais para corresponder a aposta feita por Picoli e se firmar como o camisa 9 do Caxias em 2014.
No primeiro jogo em frente ao torcedor, na vitória por 4 a 2 sobre o Aimoré, no Centenário, muita luta, participação efetiva nas jogadas de ataque e um gol no final para coroar a atuação. A intensidade e o bom desempenho diante de um adversário que se mostrou disposto a atacar, chamaram a atenção. O atacante promete repetir a dose nas próximas partidas.
- Foi bom principalmente para quebrar esse gelo, essa história de os centroavantes aqui não fazerem gols. Eu acredito que tudo gira em torno de trabalho e concentração. Trabalhei muito no jogo inteiro, taticamente me movimentei, criei oportunidades e fui recompensado no final - afirma.
Na primeira etapa, Lucão serviu mais como garçom. Fez boas tabelas com Julio Madureira e arriscou uma finalização de longa distância. Depois do intervalo, teve maior efetividade perto da área, com dois bons giros sobre a zaga. No primeiro, o chute passou rente à trave. Na sequência, nova chance e o chute explodiu na trave e o atacante foi comemorar o aproveitamento de Wallacer no rebote.
Faltava o gol dele. E saiu em grande estilo. Um chute de primeira, que levantou o torcedor. Quando o barulho das arquibancadas diminuía, veio um novo momento de euforia. Uma comemoração diferente, com estilo próprio.
- Aquilo ali eu faço desde criança, é dança de rua. Todo mundo comemora gol de um jeito. Tenho essa característica. É uma forma de mostrar de onde eu vim - destaca.
Natural de Brasília, Lucão começou a carreira profissional pelo Shonan Bellmare, do Japão. No ano passado, esteve no Sergipe, onde foi o artilheiro da equipe. Aos 22 anos, sabe que está diante de uma grande oportunidade. E também tem consciência de que precisa se apegar aos valores agregados durante a carreira para conseguir o sucesso.
- Quando era garoto e brincava com meus amigos, tinha o sonho de fazer passo, essa comemoração com o flare breakdance. Foi para mostrar que esse sonho não morreu lá com eles - diz o atacante.
Boa estreia em casa
Lucão comemora primeiro gol com a camisa do Caxias e explica coreografia diferente
Atacante relembrou infância e movimentos da dança de rua praticados em Brasília
GZH faz parte do The Trust Project