A trajetória esportiva do goleiro Angelo Guerra pode servir como inspiração e exemplo para os milhares de jovens atletas que lutam por um espaço nas escolinhas e categorias de base de clubes, nas mais diferentes modalidades. Tendo o início no time de fraldinhas da Enxuta, ele passou por diversas fases, se profissionalizou, atuou por várias equipes e chegou na seleção brasileira. Isso sem contar uma passagem pelo futsal da Itália.
Numa análise geral, entre todos os atletas caxienses, é difícil encontrar outro que tenha ido tão longe. Isso que ele decidiu parar de jogar aos 28 anos, quando deu uma guinada total na vida e passou a atuar como empresário.
- Eu estava realizado depois de jogar na Itália e, quando voltei, tive uma certa desilusão com o esporte aqui. Falta organização, calendário. O atleta é escravo do esporte, não se respeita a vida dele - entende Angelo, hoje com 34 anos.
Com o apoio do pai, Mauricio, sempre presente, o ex-goleiro montou uma empresa. Como base, usou um projeto que havia apresentado na faculdade, como parte do curso de Administração de Empresas.
- A atividade na indústria veio como um novo desafio, com seus compromissos e riscos - afirma Angelo, que atualmente comanda 11 funcionários, como executivo, e tem no pai o grande conselheiro.
Ele destaca que existe uma relação importante entre o que viveu nas quadras e o momento atual:
- Aprendi muito, principalmente a gestão de pessoas, a convivência com uma grande diversidade de opiniões, o senso de responsabilidade.
O rompimento com o futsal foi abrupto. Angelo lembra que decidiu parar no dia 12 de março de 2008, e pouco mais de duas semanas depois casou com Priscila. A partir daí, não atuou mais, nem mesmo em peladas, passando a praticar o tênis como lazer, quando encontra tempo.
- Estou feliz pelo que o esporte me proporcionou em termos de resultados, mas acompanho muito pouco hoje. A ligação que tenho é pelos amigos e apoio às escolinhas DItália e do Falcão, do Enio (Aguiar, técnico e dirigente desde os tempos da Enxuta).
Mais informações na edição impressa do Pioneiro deste final de semana.
