Desde os 16 anos atuando no futebol, futsal e futebol sete (ou society), Inacio Campos tem nas mãos as marcas dessa longa trajetória. Boa parte dos dedos apresenta alterações, resultados de fraturas, distensões e outros acidentes com a bola. Além disso, a identificação com a função é tão grande que a maioria das pessoas o associa à palavra goleiro ao ouvir seu nome.
- O esporte foi um grande complemento da minha formação como pessoa. Me ajudou muito, pela disciplina e comprometimento - afirma.
Depois de 46 anos praticamente ininterruptos se dividindo entre os campos e quadras e o trabalho, as atividades se fundem:
- Convivi com muitas pessoas relacionadas ao esporte e minha atividade profissional. As amizades ajudaram bastante no trabalho, pelos contatos que tive.
Com 1m84cm de altura, Inacio pode ser considerado grande para atuar no gol no futsal. Por isso teve algumas dificuldades de adaptação no início.
- Eu até comentei isso com o Barata (ex-goleiro e técnico da Enxuta, já falecido). Ele também era alto e precisava treinar muito.
Uma das marcas de Inácio sempre foi o bom-humor. Mesmo quando participava de competições oficiais, ele manteve uma conduta que abriu caminho a muitas amizades, tanto em Caxias como em inúmeras cidades do Estado.
"Mão de alface" e "mão furada" são algumas alcunhas que recebeu dos amigos de times que defendeu, em forma de gozação. Mas que tira de letra, fazendo uma espécie de resumo da função.
- Não existe goleiro que não leva frango ou não é questionado. Mas nas conquistas a sua participação é sempre fundamental - destaca.
Aos 62 anos, Inacio segue jogando, agora na categoria supersênior da Copa União. Também é presidente do Rosário, clube de sua cidade natal. São provas de um grande amor ao esporte, que ajudou a moldar a sua vida.
Mais informações na edição impressa do Pioneiro deste final de semana.
Por onde anda
Inacio Campos, uma vida construída sob a trave
Atividade como goleiro rendeu muitas amizades e reconhecimento
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