Com mais de 60 dos seus 83 anos de vida ligados ao futebol, Vitor Berticelli se tornou uma das figuras mais conhecidas no meio esportivo gaúcho. Depois do início como jogador, técnico e dirigente, foi um dos primeiros profissionais na administração, como supervisor e gerente de diversos clubes. Nos anos 1990, se tornou empresário, em sociedade com o uruguaio Juan Figer.
Nesses anos todos, ele teve duas marcas. A primeira foi sempre a escassez de recursos. Muitas vezes os dirigentes recorriam a ele quando precisavam montar equipes com pouco dinheiro. Berticelli usava do conhecimento de jogadores e empresários para realizar trabalhos, na maiorias da vezes bons. A segunda marca está no comportamento.
- Sempre trabalhei com honestidade, nunca peguei um tostão de jogador. Acredito que o sujeito, quando vai trabalhar numa empresa, tem que dar lucro ao patrão, não prejuízo - afirma.
Uma amostra disso, nos tempos de lucros rápidos e fáceis no futebol, está no apartamento que ele possui em Caxias, que só foi adquirido quando passou a trabalhar com Figer. Ou melhor, foi um presente do empresário, como conta:
- Eu estava guardando dinheiro, quando ele soube do negócio. Ele comprou e me deu, pelos serviços que prestei.
Morando em Caxias há mais de 30 anos, Berticelli havia decidido, no final de 2012, retornar a Encantado, cidade onde nasceu e da qual é um dos maiores divulgadores. Mas, depois de sete meses morando lá, não resistiu e decidiu retornar. Para a cidade natal, ficou um objetivo num futuro próximo
- Quero, em 2015, quando completo 85 anos, fazer um memorial, para deixar muitas coisas que guardei do futebol. A gente não vai ficar para sempre...
Mais informações na edição impressa do Pioneiro deste final de semana.
Por onde anda
Vitor Berticelli, uma referência do futebol gaúcho
Depois de fazer tudo no esporte, ex-dirigente se fixou em Caxias do Sul
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