Num momento de decisão e extrema importância para o Caxias, nada melhor do que lembrar a trajetória de um jogador que marcou a história grená. Renato Ubirajara Formoso Pires, 51 anos, ganhou o apelido do técnico Abílio dos Reis, que o revelou no Inter e lembrou de um volante forte e alto, que fazia o "trabalho sujo" num time que tinha Falcão, Batista, Carpegiani e outros craques, o Caçapava. Isso pelos anos 1970.
Mas, diferente do jogador colorado, o Caçapava grená tem 1m66cm de altura. O que jamais o intimidou nas divididas com jogadores bem mais altos e técnicos nos nove anos em que vestiu a camisa do Caxias, nas décadas de 1980 e 1990.
- Para jogar no Caxias não basta ter só talento. Tem que vestir a camisa, ter aquela garra italiana que se vê nas Copas do Mundo. Acho que me encaixei nesse estilo, nessa vontade de vencer - afirma, buscando uma explicação para o carinho dos torcedores, que mantém até hoje.
Caçapava é filho de jogador e irmão de três centroavantes (Sabará, que já morreu, Sandro e Washington). Embora tenha jogado sempre como volante, em 1993 foi o goleador do Figueirense na campanha do vice estadual. Agora, atuando no futebol amador, tem se destacado nessa arte de fazer gols.
A chegada de Caçapava no Caxias foi marcada por um desvio de rota. Em 1982, Abílio dos Reis o recomendou para o Juventude. Ele chegou no clube numa segunda-feira e não encontrou ninguém da base. Então o técnico Paulinho Oliveira o convidou para descer o morro e...
Em relação aos dois confrontos com o Luverdense, Caçapava elogia esse time, afirmando que o considera perigoso, especialmente em casa. Ele acredita que a competição tem características de Gauchão.
- A Série C é superação e garra. Não tem jogo bonito - afirma.
Mais informações no Pioneiro deste final de semana.
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