O primeiro e decisivo impulso na trajetória da então garota Magali Angonese, a Neca, no basquete veio do saudoso Valtemor Angonese. Quando ela tinha 14 anos, o pai, goleiro de futebol e atleta de pingue-pongue e basquete, fez um sacrifício para tirá-la de uma escola pública e colocá-la no Colégio do Carmo, justamente para permitir o desenvolvimento no esporte.
A partir daí, sob a orientação do professor Mário Lozano, ela começou a praticar a modalidade que a levaria a conhecer boa parte do Brasil e outros países. Em seguida, passou a jogar pelo Recreio da Juventude, com o técnico Alex Segalla.
Em 1982, o clube fechou a equipe, e só restou aceitar o convite de um clube que a vinha assediando há algum tempo: a Prudentina, de São Paulo. Essa foi a grande mudança na vida da jovem de 18 anos, num tempo em que a comunicação era bem diferente da atual. Neca enfrentou muitas dificuldades, a começar pela saudade da família, mas viveu a melhor fase como atleta, atuando ao lado das principais estrelas do esporte no país, como Hortência.
Nessa equipe, além de títulos paulistas, ela chegou ao vice mundial em Taipé (Ásia), enfrentando adversários que eram verdadeiras seleções. Também atuou nas seleções juvenil e principal do Brasil.
Na sequência, jogou em outras cidades do interior paulista, até que, em 1988, em Salto (SP), conheceu Agnaldo Ferrioli, com quem casou.
- Foi uma experiência de vida, ir embora, ficar sozinha. Não fiz dinheiro, pois naquela época ganhava uma ajuda de custo - lembra a hoje representante comercial, aos 49 anos.
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