Estreantes em clássicos, Rogerinho e Zambi chegam como destaques no Ca-Ju 272 deste domingo

A cara de menino de um e a de marrento (no bom sentido) do outro denunciam um Ca-Ju promissor, às 19h30min deste domingo, no Estádio Alfredo Jaconi, pela quinta rodada do Gauchão 2013.

Um duelo de traquinagem, malandragem e de olho no olho, como em um jogo de botão. Do lado verde, o camisa 7 porto-alegrense, autor de dois gols nas últimas partidas e estrela ascendente do time do técnico Lisca.

Do lado grená, o camisa 11 de Itaperuna (RJ), vindo de gol na vitória em Santa Cruz do Sul e maior atração no ataque de Picoli. Rogerinho, 21 anos, e Zambi, 25, nunca disputaram um clássico, nem mesmo em outras cidades.

O primeiro só atuou pelo Cerâmica antes do Ju, enquanto o segundo nunca tinha saído do solto e irreverente futebol carioca, onde jogou por Nova Iguaçu, Volta Redonda, Americano, Friburguense e Macaé. Até então invictos no campeonato, querem fazer parte da história do duelo caxiense e estampar os jornais como heróis na segunda-feira. 

- Fiz toda a minha carreira no Cerâmica, lá em Gravataí não existia clássico - diz o sorridente Rogerinho, que depois das boas atuações foi procurado pela direção para renovar contrato até 2015.

De uma geração em que o futebol de botão já estava saindo de cena para o início da era dos games, os dois sonhavam em cima do campo de madeira (chamado Xalingão) quando garotos. 

- Joguei bastante futebol de botão, era bom nisso. Lembro de recortar dos jornais os escudinhos dos clubes para colocar nos meus times. No Playstation, a coisa ainda é meio embaçada - revela o atacante grená, fã do astro francês Thierry Henry.

Em quatro partidas pelo Gauchão, Rogerinho marcou dois gols: na estreia diante do Lajeadense e na última quarta-feira na vitória sobre o Pelotas. Zambi inaugurou o marcador e sua contagem no Caxias também no meio da semana, nos 2 a 0 sobre o Santa Cruz. Ambos sonham agora em brilhar no primeiro clássico da carreira, como faziam no futebol de botão. Agora, não é mais brincadeira. É vida real.