Envolvido no futebol há mais de 37 anos, como profissional e amador, Carlos Dejair, 56, tem uma marca: ele afirma que jamais foi expulso, embora carregando nas canelas o resultado das muitas botinadas que levou. Inclusive, na célebre confusão no final do clássico entre Marcopolo e Randon, pelo Sesi, na década de 1990, foi um dos raros jogadores a não se envolver nas cenas de MMA.
- Cheguei para o meu amigo Mezari (que defendia a Randon) e disse: você não vai brigar, hein? E ficamos escorados no poste de uma goleira, um de cada lado, esperando a situação se acalmar. No dia seguinte, alguns jogadores se encontraram em outros times e estavam envergonhados - lembra o ex-meia.
Essa situação é uma amostra da personalidade de Dejair. Ele sempre foi um jogador tranquilo, daqueles que fazem amigos em todos os lugares por onde passa. Começou como profissional no Juventude, em 1975, e participou da conquista da Copa Governador, cuja faixa guarda até hoje. Depois, atuou em inúmeros vários clubes profissionais, como o Caxias, e até no Uberaba-MG.
Mas foi no futebol amador, depois de encerrar a carreira como profissional, em 1988, que obteve maior destaque. Ele foi trabalhar na Marcopolo, no setor de pintura, e, até se aposentar, há 10 anos, contabilizou nada menos do que 38 títulos, no futebol, futebol sete e futsal, em disputas locais, estaduais e nacionais.
Além disso, também brilhou em clubes amadores, e atualmente segue atuando, em duas frentes: como jogador, nas categorias acima de 50 anos, e como técnico. E sempre respeitando o que aprendeu nos campos, desde o início.
- O futebol me ensinou a disciplina e o respeito ao adversário. Eu levei muita botinada, mas sempre pensei em jogar, sem brigar.
Leia mais no Pioneiro deste final de semana.
Por Onde Anda
Dejair, exemplo de disciplina como profissional e amador
Ex-jogador da dupla Ca-Ju e vários clubes, ele jamais foi expulso
GZH faz parte do The Trust Project