O que se viu no Estádio do Vale, neste sábado à tarde, foi uma verdadeira peleia. Um confronto duro e disputado do início ao fim, onde sobressaiu a competência alviverde. Em seu retorno a Novo Hamburgo, de onde saiu para assumir o Juventude, o técnico Lisca levou a melhor sobre Paulo Porto. Aproveitando a vantagem de 2 a 0 obtida no jogo de ida, a equipe caxiense marcou um gol-relâmpago aos 10 segundos do segundo tempo e garantiu a classificação às quartas de final da Copa Hélio Dourado. O duelo terminou com 11 cartões amarelos e duas expulsões.
Nos 20 minutos iniciais, o Juventude jogou com inteligência e, não só segurou o ímpeto do Novo Hamburgo, como propôs o jogo, principalmente pelo lado esquerdo, com Alan e Alex Telles. A melhor chance ocorreu aos 16. A defesa anilada errou na saída de bola, Jardel rolou para Douglas, na risca da pequena área. O atacante precipitou-se e arriscou de primeira, mas o gramado irregular prejudicou a conclusão. Com um pouco mais de calma, ele dominaria e abriria o placar.
A partir daí, o time da casa se encontrou em campo e passou a pressionar com força. Jardel, de excelente atuação na primeira partida, travou um duelo particular com Marcelo Labarthe, que lutava para não lhe conceder espaços. Aos 18, Márcio Hahn fez boa jogada pela direita e cruzou para Luis Carlos que, de frente para o gol, concluiu para fora. Dois minutos depois, Fernando ficou indeciso em cruzamento, André Ribeiro desviou de cabeça e por sorte o Ju não sofreu o gol.
Aos 20, André Ribeiro desviou de cabeça após cruzamento, Fernando não saiu e por sorte o Ju não sofreu o gol. Aos 35, o bombardeio veio em uma sequência de bolas aéreas, mas dessa vez o Ju mostrou ter aprendido a lição de Cianorte e se segurou como pôde. Com lances ríspidos, o clima esquentou de vez aos 40, quando Paulino Macaíba entrou de sola em Fabrício, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. O volante alviverde chorou em campo, com a marca das travas da chuteira em sua perna.
Com um homem a mais, o Juventude conseguiu respirar. Aos 45, Alan puxou contra-ataque pela esquerda e serviu Zulu, que finalizou em cima da zaga. No escanteio, Jardel levantou, Diogo cabeceou forte, alto, e Gott deu um tapa com a mão esquerda, evitando o primeiro gol.
Na volta do intervalo, um início recheado de emoções e o fato que marcou a classificação. Aos 10 segundos, Douglas tabelou com Zulu, que serviu Diogo Oliveira dentro da área. O meia deslocou o goleiro com um chute cruzado para marcar o gol-relâmpago que foi fundamental ao Juventude.
O gol desestabilizou os donos da casa e, aos quatro minutos, Douglas foi derrubado por Gott, dentro da área. Pênalti. Zulu cobrou com segurança, mas Gott espalmou para escanteio. Aos oito, Jardel encostou a mão na bola, tomou o segundo amarelo e também acabou na rua. Com os dois times com 10 em campo, o confronto ficou equilibrado e ainda mais disputado.
Aos 12, Diogo Oliveira quase marcou o seu segundo. Em chute forte de fora da área, a bola roçou nos dedos do goleiro e beijou a trave antes de sair. Mas o Novo Hamburgo, ainda que desorganizado, não desistiu. Aos 18, Gilmar soltou uma bomba da intermediária e acertou o ângulo de Fernando para empatar.
Com a torcida a favor e um grupo mais experiente, Paulo Porto colocou o time para cima e sufocou o alviverde até o fim. Aos 25, Lucas desviou de cabeça e Rafael Pereira tirou quase em cima da linha. Dois minutos mais tarde, o segundo da equipe anilada: Fernando espalmou o escanteio, a bola sobrou para João Henrique na meia-lua, que girou e estufouas redes.
O duelo ganhou contornos dramáticos. Lisca colocou Juliano e Bressan para reforçar a defesa, enquanto Paulo Porto lançava todo o seu poderio ofensivo. No final, ganhou a competência do Juventude, que soube se beneficiar do regulamento.
A equipe só conhecerá o próximo adversário quando todos os jogos das oitavas terminarem.
Copa Hélio Dourado
Em jogo complicado, Juventude perde por 2 a 1 para o Novo Hamburgo, mas garante classificação às quartas de final
Partida teve duas expulsões e um pênalti perdido
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