Getulio Vasata, ex-professor e coordenador do Centro Olímpico da UCS

Duas características estão entre as marcas do professor Getulio Assis Vasata nos 27 anos em que atuou no curso de Educação Física e coordenação do Centro Olímpico da UCS: o absoluto cumprimento de horários e tarefas, a ponto de ele não recordar de faltas ou atrasos, e a economia, sempre procurando tirar o máximo de cada material.

Quarta-feira à tarde, o mestre voltou ao local de onde saiu há cinco anos, quando seus serviços não foram mais considerados necessários. E no horário combinado, como sempre fez, se apresentou.

- Só vocês para fazer eu retornar - disse, quando viu a reportagem, não escondendo ainda um certo ressentimento com a instituição.

Mas bastou ser visto por técnicos e funcionários para começar uma série de abraços e cumprimentos emocionados, numa amostra do seu prestígio. Em especial os técnicos de vôlei mostraram alegria pelo reencontro e destacaram o desejo de novas visitas.

Por coincidência, muitos atletas das categorias de base treinavam no Ginásio 2, mas não sabiam que aquele cidadão de 72 anos, com os poucos cabelos embranquecidos, era um dos grandes responsáveis por todos estarem ali.

Natural de Nova Pádua e casa com dona Lúcia, com quem teve os filhos André e Carlos, Vasata trabalhou em inúmeras construções na UCS, a começar pelo próprio curso de Educação Física, ginásio, pista e tantas obras que tornaram a Vila Olímpica uma referência.

Mas, além dos aspectos materiais, estão os humanos. E o vôlei é uma espécie de menina dos olhos do mestre, que foi um dos pioneiros na formação de equipes de competição da instituição, na busca de patrocínios vinculados ao nome (UCS/Bamerindus, UCS/Enxuta) e na implantação de uma equipe de basquete de cadeirantes, quando não se falava no assunto inclusão.

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