O gol foi de Mateus. Mas o personagem do primeiro jogo da final foi Fabinho. O lateral-esquerdo se superou, contou com o apoio e confiança da comissão técnica e do departamento médico, e respondeu dentro de campo.
Mesmo com um lesão muscular de grau um, diagnosticada na quinta-feira, o jogador acreditou na recuperação e conseguiu atuar durante os 90 minutos da decisão. Como colega de quarto na concentração, o capitão do time grená, Lacerda, apoiou o amigo nas horas mais difíceis.
- Foram dias complicados, de angústia e ansiedade. Eu cheguei a ficar até às 2h, 2h30min fazendo gelo e ele sempre me ajudando, dizendo que eu iria disputar a final - relembra Fabinho.
Com o tratamento as dores foram diminuindo e o teste final que iria definir a participação no jogo ocorreu no sábado, sob orientação do preparador físico Fabiano Vieira. Durante 30 minutos, Fabinho chutou, correu e acabou aprovado.
Fabinho estaria em campo, pronto para o desafio. A comissão técnica e os médicos resolveram apostar na força de vontade e na capacidade do lateral, mesmo com um certo risco de agravamento da lesão. Deu certo. O jogador não só aguentou todo o confronto como foi o responsável por acertar o passe final no gol do volante Mateus.
- Foi um lance especial. Teve força e velocidade. Era o típico lance em que muitos fora de campo achavam que eu poderia sentir - comenta Fabinho.
O duelo não acabou com o resultado esperado. O Caxias deixou a vitória escapar. Mas, para Fabinho, foi um dia de vitória pessoal. De superação. O pensamento já está no próximo domingo.
- Com certeza vou estar à disposição - afirma o jogador.
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