Itália ou Emirados Árabes, um destes dois países receberá o futebol de D'Alessandro depois da Copa do Mundo. Dois empresários embarcam para a Europa esta semana dispostos a transformar sondagens em propostas concretas.
A primeira parada é a Itália. Como o argentino tem cidadania e passaporte italianos, as possibilidades de negócios encontram facilitadores na terra do atual campeão do mundo. A segunda opção são os Emirados.
A direção entende que ele já se pagou. Não apenas pela importância decisiva no título da Sul-Americana de 2008 e pelo desempenho na Libertadores deste ano, mas pela grife. A cada jogo fora na América do Sul, o fato de contar com o argentino na delegação significa mídia redobrada.
A FOX, emissora de TV que detém os direitos de transmissão da Libertadores, anunciou a partida do Inter com o Estudiantes em comerciais durante sua programação usando uma foto de D'Alessandro como a grande estrela do confronto.
Como o meia custou cerca de R$ 7 milhões ao Inter - com o apoio de empresários, entre eles o mecenas colorado Delcyr Sonda -, chegou a hora de buscar o retorno do dinheiro investido. É uma exigência de quem emprestou recursos para bancar a sua vinda no ano do centenário do clube.
D'Alessandro tem mais dois anos contrato. Completou 29 anos em abril. À medida que o tempo passa, fica mais difícil fazer um bom negócio com um jogador na faixa dos 30 anos. Por isso a decisão de tentar negociá-lo o quanto antes, de preferência na janela de transferências que começa agosto.
- Se esperar demais, o risco de ele sair de graça ao final do contrato vai aumentando - afirma um empresário especialista em lidar com negócios do Exterior.
O maior obstáculo para negociar D'Alessandro é o salário. Ele ganha muito - e bem - no Inter: R$ 200 mil. Por menos do que isso, com ou sem pressão dos investidores, o argentino não aceita sair de Porto Alegre, onde está distante duas horas de avião de um assado de tira no restaurante do irmão no bairro de Palermo, em Buenos Aires.
Fernando Otto, um dos empresários de D'Alessandro, nega a existência de uma proposta de 5 milhões de euros de um grupo de investidores:
- Para mim não chegou nada ainda. Acho difícil que, nestes valores, chegue algo. Seriam valores superiores aos da vinda dele para o Inter. Mas é melhor esperar - afirmou Otto:
- Se vou ficar? Não sei. Sinceramente, não sei. Só quero pensar na minha folguinha com a família - resumiu D'Alessandro, que raramente fala, ao final do empate em 1 a 1 com o Palmeiras, ontem.
Como se vê, nem D'Alessandro nega mais que existe a possibilidade de ele deixar o Beira-Rio na famigerada janela de agosto, que costuma levar bons jogadores para longe de Porto Alegre.
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Plano é negociar D'Ale com italianos
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