Eu vi Argélia e Eslovênia. Todo o jogo. Inteirinho. Lance por lance. Ou melhor, ultimate fighting por ultimate fighting. Então, posso falar de cadeira.
Será o pior jogo desta Copa do Mundo.
Duvido que algo pior aconteça no frio africano.
Só podia dar 1 a 0 com frango do goleiro argelino.
A certa altura do segundo tempo, me dei conta que estava perto de testemunhar uma partida de Mundial sem drible. E aconteceu.
Eslovenos e argelinos conseguiram chegar ao fim sem um drible sequer.
Só cruzamento, só erro de passe, só carrinho, só falta.
Só correria.
O que me leva a pensar o seguinte: tem uma injustiça aí.
A Copa não reúne os melhores. Do contrário, a Austrália não estaria aí impunemente. Muito menos a Argélia.
Até as vuvuzelas sabem que o objetivo da Fifa é nobre. Ao dar mais vagas do que o talento futebolístico para África, Ásia e Oceania, ela busca forma um torneio de integração de povos e raças. E, por tabela, desenvolver o futebol nas partes do mapa onde o drible ainda é bissexto.
Com este formato de classificação, boas equipes da América do Sul e Europa ficam de fora. Duvido que a Venezuela seja pior do que a Argélia ou esta Austrália que apanhou da Alemanha de 4 a 0.
Assim, a Copa deixa de ser o torneio dos melhores.
Um alternativa, quem sabe, seria aumentar o número de times, de modo a garantir mais sul-americanos e europeus sem privar africanos, asiáticos e países da Oceania de participarem da festa. Daria uma boa discussão, ao menos.
E seria uma maneira de preservar os torcedores das cenas vistas no jogo entre Eslovênia e Argélia, o pior jogo da Copa por antecipação.
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O pior jogo de toda a Copa já aconteceu
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