O vice de futebol Fernando Carvalho deixou todo mundo pensando que o escolhido seria Adilson Batista, o demônio encarnado para os colorados. Aí, quando a torcida estava prestes a reeditar a Revolução Farroupilha para não ter como técnico o homem que falou em secar o time no Mundial do Japão, puxou o pino da granada e explodiu: Celso Roth.
Diante deste cenário, o nome de Roth ficou parecendo um canto de passarinho. Um bálsamo. As primeiras enquetes realizadas pela Rádio Gaúcha indicam uma surpreendente aprovação ao novo (ou antigo?) treinador. O nome de Luiz Felipe, na verdade, nunca existiu. Houve uma tratativa inicial feita pelo presidente Vitorio Piffero, mas nem dá para chamar de começo de conversa. O vazamento desta notícia quase prejudicou o sucesso da tática do bode na sala.
A possibilidade de ver Felipão no Inter encantou os colorados. A direção, a partir daí, precisou deixar vazar tudo sobre o interesse em Adilson, como forma de tentar reverter a repercussão negativa do anúncio de Celso Roth. Só pode ser isso. E a necessidade de um técnico que dome o vestiário. Ou também, quem sabe, o fato de ser um profissional detestado pelos gremistas. Na rivalidade Gre-Nal, isso conta, acredite se quiser.
Se Roth for campeão da Libertadores com o Inter depois de ser impedido de buscar o título pelo Grêmio no ano passado, quando foi demitido em nome de Paulo Autuori, será uma ironia suprema do destino. Algo como uma espécie de vingança dele com o Grêmio. Técnico por técnico, Fossati e Roth são parecidos. Ambos fizeram carreira valorizando a defesa acima de tudo.
Enfim, Roth é resultado do bode retirado da sala do Inter.
Esportes
O Inter usou a tática do bode na sala
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