Esclarecimento: O valor da sacola subirá 50%, de R$ 2 para R$ 3, mas a quantidade de produto também crescerá neste percentual. A reportagem deixou dúbia em alguns trechos a relação da quantidade de produto com o reajuste do preço. A informação permaneceu publicada entre 10h01min de 15 de fevereiro de 2022 e 11h32min de 16 de fevereiro de 2022.
O valor da sacola do Ponto de Safra, em Caxias do Sul, terá reajuste a partir de 4 de março: passará dos atuais R$ 2 para R$ 3. A quantidade de produtos na sacola aumentará no mesmo percentual, segundo a prefeitura. O aumento foi discutido e aprovado nessa segunda-feira (14) durante reunião entre Secretaria Municipal da Agricultura e produtores rurais que participam da feira.
Durante o Gaúcha Hoje dessa terça-feira (15), o secretário da Agricultura, Rudimar Menegotto, explicou que se trata de um aumento no preço da sacola que trará também mais produtos: 50% a mais, segundo ele. O secretário acrescentou que a quantidade de produtos na sacola varia toda a semana, de acordo com a cotação de preços divulgada pela Ceasa Serra.
— Acompanhando o próprio ponto, a gente percebia que muitos consumidores acabavam comprando várias sacolas do mesmo produto. Agora, ele vai pagar 50% a mais, mas vai ter produto a mais na sacola. Com isso, a gente quer até diminuir o uso da sacola. O tomate, por exemplo, tinha um quilo por R$ 2. Com R$ 3, vai ter 50% de aumento de peso na sacola. A pessoa vai levar em torno de um quilo e meio. A ideia é que o peso seja proporcional ao preço que vai pagar — detalhou Menegotto.
O debate sobre o reajuste começou no final do ano passado. Segundo o secretário, não havia alteração no preço desde julho de 2015. O Ponto de Safra é uma modalidade diferente de feira tradicional, onde os produtos são vendidos em porções pré-definidas e a um preço fixo.
Conforme Menegotto, são 75 associações que comercializam produtos no Ponto de Safra, totalizando 450 produtores. A venda ocorre às sextas-feiras em três locais: na Rua Treze de Maio, entre a Sinimbu e a Avenida Júlio de Castilhos (das 6h às 16h); na Moreira César, entre a Os Dezoito do Forte e a Sinimbu (das 6h às 17h); e na Praça Dante Alighieri (das 6h às 17h).
Ouça a entrevista com Rudimar Menegotto:
A reunião de segunda discutiu ainda a regulamentação do Ponto de Safra, com a publicação de um decreto em breve — segundo o secretário, todas as demais feiras estão regulamentadas, exceto o Ponto de Safra. A estiagem e suas consequências também foram abordadas.
— Muitos produtores estão sem ou com pouca água. Muitos não conseguiram plantar cenoura, por exemplo, porque exige irrigação na germinação. Houve dificuldade com as folhosas também por causa do intenso calor — contou Menegotto, acrescentando que pode ter falta desses produtos no mercado.
Maioria dos produtores ausentes
Segundo o produtor rural ativo no Ponto de Safra, Mirmo da Silva, cerca de 50% dos envolvidos compareceram na reunião para debater as questões, o que, na sua visão, foi uma lástima.
— Sempre tem aqueles que fazem questão de andar na contramão, né? (Mas) foi tudo bem tranquilo, bem sereno, porque tudo que está ali vai de encontro ao agricultor para organizar, ajudar e melhorar. Não é feito nada para punir ninguém. Eu vejo que essa é a grande proposta da secretaria (SMAPA), que está fazendo o maior esforço para ajudar a agricultura neste momento tão difícil — opina Silva.