Em Gramado, no encontro que marca o retorno dos eventos corporativos na Serra e a retomada das ações presenciais do grupo, o governador Eduardo Leite (PSDB) analisou o cenário econômico atual e o impacto da pandemia no desenvolvimento do RS. Ele participou, neste sábado, do Fórum de Desenvolvimento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) de Gramado e Canela na Caza Wilfrido. O evento, em formato de welcome coffee, teve duração de 3 horas. Também participaram dos painéis o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rodrigo Lorenzoni, a presidente do Badesul, Jeanette Lontra, o presidente da Gramadotur, Rafael Carniel de Almeida, o secretário de Turismo e Cultura de Canela, Angelo Sanches e o ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigoto.
— É bom retomar as agendas presenciais para trocar experiências, conversar olho no olho e buscarmos juntos o desenvolvimento do Estado. Queremos um governo saudável e um Estado atraente, por isso é necessário buscar parcerias com o setor privado para implementar obras e projetos — disse Leite.
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Ele fez ainda uma análise das medidas tomadas pelo governo para buscar o crescimento do RS, principalmente, em meio à pandemia:
— A recessão será de 5 a 6% neste ano. Nós reduzimos as despesas e colocamos os repasses aos hospitais em dia. Imagine enfrentar uma pandemia com hospitais recebendo em atraso. Criamos um modelo de distanciamento para manter e preservar a vida, sem esquecer da economia necessária ao Estado.
Em conversa com a imprensa, o governador reiterou que o modelo de distanciamento controlado foi a fórmula para que o RS pudesse parar menos e conciliar a restrição das atividades com a proteção da vida.
— Depois do jogo jogado é fácil olhar no replay e criticar. A pandemia era desconhecida, não sabíamos com o que estávamos lidando. Na medida que fomos observando a redução do número de casos, da taxa de óbitos e de ocupação hospitalar, fomos relaxando restrições. Estamos observando a retomada em diversos setores e uma recuperação da econômica. Agora vamos associar a isso créditos subsidiados e a atuação dos nossos bancos para ajudar na retomada da capacidade de investimento — garante.
Para Leite, o turismo, principalmente na Serra, é um aliado na retomada da economia local.
— Apostamos muito nessa recuperação do turismo no final do ano. Estamos com um plano de divulgação do Estado para ser destino de viagens. Em função do quadro da pandemia ainda perdurar mundialmente, o turismo doméstico vai ser tornar ainda mais relevante. O RS é um destino seguro porque teve menos incidência, menos problemas com o vírus e, consequentemente, é um destino adequado para as famílias. Apostamos no turismo para atrair os turistas para essa região que foi fortemente afetada — disse.
Em Gramado, o governador ainda falou sobre a reforma tributária:
— O debate sobre a reforma tributária foi impactado pela pandemia. Temos que retomar esse debate porque o Estado pode colapsar e é preciso pensar o futuro e adequar a estrutura do RS para que possamos manter os serviços prestados. Não é um debate simpático, mas é o caminho. Não é um debate fácil, não, é um assunto complexo. Vamos retomar, talvez não da mesma forma, mas será apresentado em breve. A competitividade do RS depende da capacidade de prestar serviços.