Os caminhões carregados de uvas viníferas começam a chegar em pelos menos seis cantinas da Serra. Cerca de 550 mil toneladas da fruta (destinadas para a indústria do vinho) devem ser descarregadas até março, segundo dados da Emater/RS-Ascar, e vão render pelo menos 400 milhões de litros de vinhos, sucos e espumantes.
A produção representa cerca de 17% a menos do que a safra passada, quando foram destinadas à produção de bebidas 663 mil toneladas das mais diversas variedades nos municípios da região. A queda se deve ao granizo que atingiu parte dos parreirais no final de outubro. Temor que ainda abala os produtores da região, já que as previsões de temporais são diárias.
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— O clima é de ansiedade na agricultura. Os que conseguem entregar antes, respiram aliviados — aponta o técnico agrícola da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Evandro Bosa.
No estacionamento da cantina, o movimento de caminhões era intenso na tarde da última quinta-feira. O recebimento das uvas industriais iniciou-se dia 3 de janeiro, com variedades como Chardonnay e Pinot Noir (para espumantes) e algumas tintas para suco, como a Concord e a Niágara, por exemplo.
A estimativa da Garibaldi é de receber 23 mil toneladas, 15% a mais do que a safra passada, e produzir 17 milhões de litros de bebidas derivadas. Em uma semana já recebeu 310 toneladas.
As projeções otimistas são embasadas pela soma de sinais favoráveis ao longo do ano passado.
— Como tivemos um inverno rigoroso, a brotação foi bastante uniforme nos vinhedos, o que leva a crer que teremos uma produtividade acima da média — explica o enólogo da vinícola, Ricardo Morari.
Neste ano, a safra não foi antecipada, como ocorreu em 2018, quando as cantinas abriram as portas antes do Natal.
— Foi atípico e aconteceu somente duas vezes nos últimos 30 anos. Este ano, o forte da colheita vai acontecer em fevereiro, dentro do prazo de uma boa safra normal — revela Bosa.
— O clima é de ansiedade na agricultura. Os que conseguem entregar antes, respiram aliviados — aponta o técnico agrícola da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Evandro Bosa.
No estacionamento da cantina, o movimento de caminhões era intenso na tarde da última quinta-feira. O recebimento das uvas industriais iniciou-se dia 3 de janeiro, com variedades como Chardonnay e Pinot Noir (para espumantes) e algumas tintas para suco, como a Concord e a Niágara, por exemplo.
A estimativa da Garibaldi é de receber 23 mil toneladas, 15% a mais do que a safra passada, e produzir 17 milhões de litros de bebidas derivadas. Em uma semana já recebeu 310 toneladas.
As projeções otimistas são embasadas pela soma de sinais favoráveis ao longo do ano passado.
— Como tivemos um inverno rigoroso, a brotação foi bastante uniforme nos vinhedos, o que leva a crer que teremos uma produtividade acima da média —explica o enólogo da vinícola, Ricardo Morari.
Neste ano, a safra não foi antecipada, como ocorreu em 2018, quando as cantinas abriram as portas antes do Natal.
—Foi atípico e aconteceu somente duas vezes nos últimos 30 anos. Este ano, o forte da colheita vai acontecer em fevereiro, dentro do prazo de uma boa safra normal — revela Bosa.
Qualidade na média
A expectativa é do recebimento de uvas de qualidade e de maturação adequadas. Monari explica que, durante a fase de floração, o excesso de umidade exigiu cuidado maior para evitar a incidência de doenças fúngicas:
—Trabalhamos métodos de manejo como desfolha e desbrote para minimizar o impacto de fenômenos climáticos adversos.
A previsão é de processar grande volume de uvas tintas Bordô e Isabel para a elaboração de suco integral. Na Garibaldi, a expectativa também está no aumento das uvas para espumantes, carro-chefe da vinícola, e um mercado que ganha cada vez mais consumidores.
— Realizamos um trabalho de conversão de vinhedos junto aos associados para atender à expansão das vendas de espumantes dos últimos anos — conta Monari.
Até outubro de 2018, a comercialização de espumantes cresceu 13% em relação a 2017.
Produtores tem por temporais com vento e granizo
O produtor de uva Daniel Balbinot, 40 anos, era um dos agricultores que aguardava sua vez de descarregar o caminhão lotado de uvas Concord na Cooperativa Garibaldi, na quinta-feira. Em uma semana, ele já deixou por lá quase 15 mil quilos da fruta.
Em Monte Belo do Sul, ele cultiva 11 hectares de parreirais das mais diversas variedades. A previsão é colher 200 mil quilos até o início de março. Associado da Garibaldi, ele se diz satisfeito quanto a safra deste ano. Por enquanto:
— A qualidade está boa. Mas precisamos que pare de chover e que o sol apareça por vários dias seguidos — destaca.
Além disso, o temor por temporais com ventos e granizo tira o sono de muitos produtores.
— Quando descarrego um caminhão, respiro aliviado e penso: Ufa, mas uma carga foi garantida.
SAIBA MAIS SOBRE O MUNDO DA UVA
* A previsão é colher cerca de 550 toneladas de uvas viníferas, destinas a vinhos, sucos e espumantes. Cerca de 17% a menos que a safra passada.
* O preço mínimo do quilo da uva foi definido em R$ 1,03 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
* A venda de espumantes cresceu 13,4% até outubro de 2018. A de suco aumentou 22%
* A queda nas vendas está nos vinhos finos, com - 3,4%
* No total (todos os derivados da uva), o saldo até outubro foi positivo, com quase 37 mil litros a mais (12,8%)
* A importação de vinhos, sucos e espumantes também caiu no ano assado: - 9,77%.
Fonte: Emater/RS Ascar e Ibravin
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