A fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) embargou na manhã desta quinta-feira as obras no terreno onde será instalada a megaloja Havan e o atacarejo Stok Center, na entrada do bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul. O gerente-geral interino do MTE, Vanius Corte, informou que foram constatadas várias irregularidaes e que os trabalhos estão suspensos até que o dono da área, a Comercial Zaffari, de Passo Fundo, regularize a situação.
A área está em fase de demolição dos prédios da antiga Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) e de limpeza do local. De acordo com Corte, o parque de obras é "uma grande confusão" e há riscos iminetes de morte por atropelamento. Cerca de 25 pessoas estavam trabalhando na área quando aconteceu o embargo. São funcionários de três empresas contratadas pela Comercial Zaffari, uma de Passo Fundo e duas de Flores da Cunha.
— Não há sinalização, banheiros, lavatórios e alojamentos. Tinham que ser construídos antes do início das obras — justifica Corte.
Segundo ele, entre os itens que oferecem mais perigo está um britador móvel (equipamento utilizado para a limpeza) em que o motorista está completamente exposto ao perigo.
Não há prazo para que os trabalhos sejam liberados.
— Vai depender da empresa se regularizar.
A Comercial Zaffari não se manifestou sobre o assunto. O departamento jurídico, em Passo Fundo, informou que ainda não tinha recebido a notificação até o início da tarde desta quinta-feira.
O presidente do Grupo Havan, Luciano Hang, se manifestou via facebook na tarde desta quinta-feira e lamentou a decisão do MTE e lembrou que a Havan está apenas locando a área.
— Embargaram por motivos fúteis. Estamos nas mãos da máquina pública — reclamou.
A abertura da Havan em Caxias do Sul está projetada para o início de setembro. Os investimentos das duas empresas chegam à casa de R$ 100 milhões. A expectativa é da abertura de 300 vagas de trabalho na Havan e no Stok Center.