O setor de agronegócio é um dos menos afetados pela crise que atinge a economia nacional. Em função disso, a produção de tratores neste ano registra baixas menores que de outros veículos pesados. Conforme Rogério Vacari, diretor executivo da Agrale, a queda na fabricação deve ser de 26%, enquanto em outros segmentos chega a 40%.
O executivo palestrou no seminário Perspectivas Econômicas para 2015 e 2016, que foi realizado pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs). O encontro desta quinta-feira contou com palestras sobre o cenário geral, além de projeções para ramos específicos, como de implementos rodoviários, ônibus, tratores e eletroeletrônicos.
- O segmento de tratores não está à margem da crise, mas alguns fatores fazem a retração ser potencializada ou minimizada em alguns setores. A agricultura está menos mal porque a interferência do governo é menor - analisa Vacari.
O diretor ressaltou ainda que existem cinco milhões de propriedades agrícolas no país e que a grande maioria são de agricultura familiar. O desafio, aponta ele, é incentivar para que que todas elas tenham produção excedente e não apenas de subsistência. Outro avanço importante que o setor necessita é nas exportações:
- O Brasil está virando uma colônia. Temos que exportar mão de obra também, não apenas commodities - analisa.
Vacari lembrou ainda que o Brasil é o principal produtor e exportador de alimentos importantes, como soja, café e açúcar.
Perspectivas econômicas
"Agricultura está menos mal porque a interferência do governo é menor", analisa diretor da Agrale de Caxias
Rogério Vacari palestrou em seminário do Simecs nesta quinta-feira
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