Com corredores lotados e movimento intenso nos estandes dos mais de 500 expositores, a 23ª Mercopar, em Caxias do Sul, começa se confirmar como uma oportunidade de alavancar negócios na indústria.
Representando a Kehl Laser, de Novo Hamburgo, especializada em corte a laser, solda e pintura, Marcelo Lauxen Kehl, afirma que o assunto crise não apareceu na feira, o que considera um motivo a mais para crer que os negócios devem engrenar mais à frente.
- Os visitantes não vão deixar de participar desta feira porque aqui é que vão encontrar o que precisam para as suas empresas. Eles precisam se preparar para quando voltarem a produzir, seja pesquisando máquinas para expandir a produção ou para fazer a manutenção das que já possuem. A boa presença do público mostra que eles estão se preparando para o futuro. Dependendo do que acontecer após as eleições, e torcemos para que tudo melhore, eles já estão com os contatos na mão para concretizar os negócios - opina Kehl.
No estande da Igus, multinacional alemã fabricante de polímeros, o consultor técnico Rodrigo Sanches estava animado com a quantidade de visitantes desde o primeiro dia.
- O local do estante está muito bom e conseguimos pegar todo o público da feira. Além disso, os visitantes não estão vindo apenas especular ou pedir informações apenas, estão mostrando interesse em negociar no futuro - afirma.
Proprietário da Radix, fábrica de ferramentas para madeira, de Nova Petrópolis, o empresário Ardi Reneu Blauth pesquisava na quarta-feira à tarde tornos CNC para produzir algumas peças, atualmente fabricadas em Caxias do Sul de forma terceirizada. A intenção não é tanto reduzir custos, segundo ele, mas melhorar a parte logística.
Blauth estava animado com tantas opções e revelou planos de adquirir equipamentos em breve.
- Nosso principal mercado é São Paulo, que visitamos constantemente. Precisamos estar prontos para investir e oferecer os nossos produtos quando o mercado demandar. Acho que o quadro não é tão grave como se pinta. Não dá para ficar com medo, é preciso ter confiança no futuro, senão não estaríamos há tanto tempo trabalhando (a empresa existe há 28 anos) - acredita.
Entre as atividades paralelas da Mercopar que mais colaboram com a prospecção de novos negócios estão as rodadas de negócios. Nos dois primeiros dias, ocorreram 1,7 mil reuniões entre 265 empresas vendedoras e 57 compradoras. Nos encontros, que aproximam pequenos e médios fornecedores de grandes compradores, as empresas apontaram para quais empresas gostariam de vender. Em seguida, os potenciais compradores escolheram aqueles fornecedores com os quais queriam conversar.
A Metalúrgica Jama, de Santa Rosa, prospecta clientes na Mercopar pela décima vez.
- As rodadas funcionam como um abridor de portas. É uma ótima forma de desenvolver negócios, pois aqui fazemos um primeiro contato, apresentando a empresa, conhecendo as necessidades e o nível tecnológico - conta o diretor Moacir Maronez.
Participam da 23ª Mercopar empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, além da Alemanha, Argentina, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Índia, Portugal e Turquia.
Indústria
23ª Mercopar, em Caxias do Sul, se fortalece como oportunidade para retomar os negócios
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