Alta do IPI provoca corrida às concessionárias de importados em Caxias

Disposto a aproveitar o preço mais baixo antes que o aumento do IPI seja repassado, o líder operacional João Luiz Maciel de Abreu, 44 anos, optou por fechar negócio o quanto antes. Depois de uma pesquisa de mais de seis meses, a família vai andar de carro novo, um J3, neste fim de semana.

Os diferenciais do carro e o preço foram os atrativos que determinaram a escolha, agradando também a esposa Izolde, 45 anos, e as três filhas.

- Gostei tanto do carro quanto do preço e decimos comprar antes da alta - comenta Abreu.

A procura é tanta que concessionárias como a Hefei, da Jac Motors, já contam o estoque praticamente zerado. Na tarde da sexta-feira restavam apenas seis unidades na loja, todas em negociação.

- E esse número pode mudar a qualquer momento. Nossa expectativa é vender todos neste fim de semana - conta  a diretora Fabiana Tadiello.

Na concessionária da Hynduai da cidade, a Caoa, os últimos dias também foram de grande movimento. A gerente de vendas Vânia de Souza Pinto comenta que em setembro foram vendidos 115 veículos contra 82 em agosto. O número corresponde a um aumento de 40%. 

- Além da questão do IPI, tivemos dois lançamentos da marca nesse mês (o Veloster e o Elantra). Eles acabaram atraindo muita gente também.
A Sulbra, concessionária da marca Chery em Caxias, também registrou uma procura maior nos últimos dias. Antônio Carlos Pirondi, gerente comercial da loja, conta que as buscas aumentaram cerca de 20%. 

- Os nossos preços ainda não aumentaram pois temos carros em estoque.

De acordo com o gerente, os veículos da marca poderão sofrer um aumento de até 30% a partir de dezembro. Ele explica que os modelos Tiggo e Face talvez não tenham reajuste por serem produzidos na fábrica da Chery no Uruguai.

- Inicialmente somente os automóveis trazidos da Argentina e do México não teriam o IPI elevado, mas agora surgiu a possibilidade de incluir o Uruguai nessa lista.