Chuchu, abobrinha e pepino são alguns dos hortifrutigranjeiros que registraram aumento de preços em Caxias, conforme análise de mercado divulgada nesta semana pela Adcointer Ceasa-Serra. O relatório de variação semanal de preços e análise mercadológica dos 39 principais produtos vendidos na Ceasa aponta que nove itens sofreram aumento.
O chuchu subiu 65% no período de 11 a 18 deste mês. Uma caixa com 20 quilos do produto passou de R$ 20 para R$ 33. Na sequência, vem a abobrinha italiana, que teve um aumento de 25%. A caixa com 20 quilos da hortaliça que custava R$ 8 na semana passada agora passou a R$ 10. O mesmo reajuste de 25% também sofreu o pepino, cuja caixa com 20 quilos saía por R$ 20 e, hoje, está em R$ 25.
A justificativa para o aumento desses três itens, segundo a Ceasa, é a redução da oferta. O gerente técnico-operacional do órgão, Antonio Garbin, desconfia que já é também um leve sinal de que o excesso de chuvas no Sudeste e no Centro do país começa a interferir nos valores de alguns produtos que são abastecidos por aqueles mercados. Garbin, entretanto, não acredita que haverá grandes diferenças de preços daqui para frente, por isso, diz que não é preciso os consumidores ficarem preocupados.
- Essas elevações constatadas não são substanciais. Se as chuvas persistirem, alguns aumentos maiores poderão vir a ocorrer, mas o mercado normalmente consegue contornar. Quando não há o produto num lugar, busca-se em outras regiões - explica.
Garbin lembra que, neste momento, a Serra gaúcha está em período de safra. Como Caxias é a maior produtora de hortifrutigranjeiros do Estado, tem ajudado a suprir as demandas do Estado e também de outras cidades do país. Caxias tem quase 2 mil hectares de hortaliças plantados, incluindo, entre outras culturas, beterraba, tomate, repolho e cenoura. Na fruticultura, o número de hectares plantados fica em torno de 7,8 mil.
O secretário municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA), Nestor Pistorello, explica que os hortifrutigranjeiros são muito perecíveis e sensíveis ao mau tempo. Nesse sentido, na sua opinião, daqui a alguns meses, o mercado deve começar a sentir mais os prejuízos que as chuvas causaram em pomares e hortas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
- Com certeza, os agricultores estão perdendo safras e, em algum instante, isso vai influenciar na oferta e na procura de alguns produtos. Só que isso não ocorre de hoje para amanhã. E, quando a mudança de preço ocorre em algumas culturas, os consumidores buscam outras mais em conta até que a situação normalize. Quando a alface está cara, o repolho ou outras saladas acabam sendo opções - observa Pistorello.
Leia mais sobre o assunto no Pioneiro desta sexta-feira.
Economia
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